SP 247 - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), já havia comprado briga com os artistas quando decidiu pintar os muros e cobrir os grafites da cidade, como os da Avenida 23 de Maio, maior museu a céu aberto da América Latina.
Agora, porém, o tucano agravou a situação ao chamar os pichadores de 'agressores'. "Amo a arte. Sou totalmente a favor da arte urbana, com muralistas e o grafite. Só entendo que precisa ter disciplina. Não pode a cidade inteira estar grafitada. Até porque estabelece uma conexão com aqueles que julgam o que fazem como arte. E não é. Pichador não é artista. É agressor", declarou, em
entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
Veja como era a Avenida 23 de Maio antes do cinza de Doria:
Doria, que se define como "um grande zelador" da capital paulista, afirma que a pichação que mais o incomodou foi a da ponte estaiada. "Aquilo foi um absurdo", disse. O prefeito tem como uma de suas prioridades acabar com as pichações na cidade e definir locais para a exibição dos grafites - segundo ele, apenas oito em toda cidade.
"É como se um museu não pudesse estar dentro de um museu. Tivesse de ser a cidade inteira como museu. O fato de ter um museu implica em ter um ambiente adequado, seguro, para que as pessoas possam admirar a arte. A ideia é criar amplas áreas na cidade, para que eles possam expressar e revigorar sua arte, para que você possa ter um café, comprar uma camiseta, uma reprodução dessa obra, criar sustentabilidade para grafiteiros e muralistas", explicou.
Neste fim de semana, a cantora Zelia Duncan e diversos outros artistas criticaram a atitude do prefeito. "Pintando os muros de tristeza e a cidade de vazio cinza...é disso q nossa Sampa precisa?", questionou a cantora. Confira o vídeo:
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