247 - O jornalista Ricardo Kotscho criticou nessa segunda-feira, 23, a "Justiça seletiva" executada em benefício do herdeiro do maior grupo da indústria da Paraíba e da afiliada da TV Globo, Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, acusado de atropelar e matar um agente do Detran ao fugir de uma blitz da Lei Seca.
O estudante teve prisão preventiva decretada por volta das 20 horas do sábado pela juíza plantonista Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz. "A ordem de prisão foi revogada poucas horas depois, na madrugada de domingo, pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho, que concedeu habeas corpus ao neto do ex-senador e ex-vice governador da Paraiba José Carlos da Silva Junior, alegando não haver motivos para manter o jovem sob custódia", diz Kotscho.
"É mais um belo exemplo da Justiça seletiva implantada no país. Segundo o Congresso em Foco, o mesmo desembargador negou pedido de habeas corpus a um acusado de cometer crime semelhante, em 2013, ao fugir de uma blitz da Lei Seca", afirma.
"O emblemático caso de João Pessoa faz a gente se perguntar: a Justiça brasileira é mesmo igual para todos, como proclama a nossa Constituição? As instituições estão mesmo funcionando como se propaga a toda hora em Brasília? Por que será que o Judiciário é o poder mais poupado e louvado pela nossa mídia grande?", questiona.
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