por Emílio Rodriguez, especial para os Jornalistas Livres
2 fevereiro, 201745
A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados envolveu seis candidatos. Rodrigo Maia teve 58% dos votos e se elegeu presidente no primeiro turno. O candidato do Centrão, que foi relator do golpe, teve 21% e o candidato do PDT, apoiado pelo PT, teve 12% dos votos. Luiza Erundina teve 10 votos. Bolsonaro teve menos votos (4) do que os votos em branco (5).
Candidato
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Bloco
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Votos
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Percentual
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Rodrigo Maia (DEM-RJ)
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PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PTdoB
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293
|
58,13%
|
Jovair Arantes (PTB-GO)
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PTB, SD, Pros e PSL
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105
|
20,83%
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André Figueiredo
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PT, PDT, PCdoB,
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59
|
11,71%
|
Luíza Erundina (Psol-SP)
|
PSOL
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10
|
1,98%
|
Júlio Delgado (PSB-MG), ;
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PSB
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28
|
5,56%
|
Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
|
PSC
|
4
|
0,79%
|
Brancos
|
5
|
0,99%
| |
Total
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504
|
100,00%
|
A eleição foi recheada de deserções, a começar pelo bloco de Rodrigo Maia, que deveria alcançar 359 votos dos 13 partidos que o compunham, mas teve 293 votos, 66 a menos. Provavelmente, boa parte foi para Jovair Arantes, que teve mais de 60 votos de fora de seu bloco. O candidato do PDT, com apoio do PT, teve 19 votos a menos, lembrando que o PC do B orientou o voto em Rodrigo Maia, e Erundina 4 votos a mais que sua bancada.
O grande fiasco da eleição ficou na conta de Jair Bolsonaro, que teve menos votos que os brancos, e sequer conseguiu garantir os 10 votos da bancada do PSC. Bolsonaro tentou uma jogada de marketing para fortalecer sua campanha para presidente, mas com sua pífia votação o tiro saiu pela culatra.
Temer consegui manter sua base, e eleger os presidentes do Senado e da Câmara, o que facilita a aprovação dos ataques aos trabalhadores e estudantes, como a reforma do ensino médio no Senado e as reformas da previdência e trabalhista.
A agência Câmara informa que o presidente eleito já indicou os relatores das comissões especiais para reforma da previdência (Sérgio Zveiter – PMDB-RJ) e trabalhista (Arthur Oliveira Maia PPS-BA), confirmando a pressa para aprovação destas reformas.Há, no entanto, resistência de deputados da base que já se movimentam para diminuir o alcance do texto.
Temos, agora, que acompanhar os vários “bodes” plantados no projeto de reforma da previdência.
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