247 - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, minimizou os efeitos da Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira (17) pela Polícia Federal para apurar corrupção de fiscais agropecuários na fiscalização do mercado de carnes. Apesar disso, o ministro reconheceu que "não será uma tarefa fácil" recuperar a imagem do Brasil que é o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carnes Segundo ele, "voltamos dez casinhas para trás".
"Nós temos um sistema importante, robusto, porém comandado por pessoas. E quando uma pessoa se corrompe numa linha dessa, infelizmente o Brasil inteiro paga uma conta, não são só os produtores, tem a imagem do País, a desconfiança inclusive dos consumidores internos", disse Maggi em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Apesar das investigações alcançarem 22 empresas e cerca de 40 frigoríficos, Maggi destacou que "só" três plantas de produção com irregularidades comprovadas" e que os consumidores não precisam se preocupar. "Se forem só essas três plantas encontradas, ou as 21 sob suspeita, o potencial é muito pequeno. Não é uma coisa para se preocupar". Ele, porém se contradisse pouco depois ao dizer "obviamente tem que se preocupar porque, onde há um problema, podemos ter muitos".
Em relação ao impacto da operação da PF no mercado internacional, onde o Brasil detém 7% do mercado mundial, Maggi se mostrou temeroso. "Não será uma tarefa fácil o que vem pela frente. Há muito tempo o setor de carne no Brasil vem trabalhando e tinha um verdadeiro esforço de governo e de sociedade para conquistar esse espaço no mercado", observou. l
"Me parece que tem sentido de tê-la (em referência à deflagração da Operação carne Fraca), mas talvez a forma que ela foi conduzida, nós vamos nos próximos dias tentar depurar o que realmente é o malfeito, o problema, e o sensacionalismo que tem no problema", disse. Segundo ele, agora "vamos ter que remar. Voltamos dez casinhas para trás. Vamos ter que refazer isso (reconquistar a confiança do mercado internacional)".
"Vamos ter que conversar com os mercados, com as agências reguladoras de fora e mostrar mais uma vez que eles são firmes. Temos que nos disponibilizar para que eles venham para o Brasil novamente checar aquilo que nós temos", destacou.
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