SP 247 - Em seu acordo de delação, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis revelou que o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da Força, recebeu R$ 1 milhão em propina para prestar “tutoria” sobre os movimentos sindicais à empresa.
A definição do pagamento ocorreu após Paulinho da Força procurar o diretor para pedir doações para a campanha à Câmara dos Deputados de 2014.
“'Estive com ele no bairro da Aclimação, num café, na época da campanha e ele me pediu uma doação em caixa 2, para a campanha dele. Essa doação na época nós negociamos…e nós acertemos 1 milhão de reais', ressaltou Reis.
Segundo o ex-diretor, o pagamento foi feito em duas parcelas de R$ 500 mil e a operação ganhou o codinome 'Forte', em referência ao nome da Força Sindical, presidida pelo deputado.
'Esse pagamento tinha o objetivo de que a gente mantivesse com ele uma relação boa. E através dele, quase que uma tutoria, para a gente saber lidar melhor com os movimentos sindicais, com as centrais sindicais, já que ele era um dos pioneiros dessas centrais sindicais no Brasil', ressaltou Reis.
O ex-diretor lembra ainda que semanas antes do acerto, a sede da Odebrecht em São Paulo havia sido invadida por representes movimentos sociais. Além disso, a empresa também enfrentava dificuldades de interlocução com sindicalistas no porto de Santos, onde mantém operações ."
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