Roberto Setúbal, que apoiou o golpe de 2016, demonstrou, durante debate em Oxford apoiar toda a agenda de Michel Temer, mas foi rebatida pela ministra do Tribunal Superior do Trabalho Delaíde Arantes, que criticou governo ilegítimo; segundo ela, a reforma trabalhista está sendo feita "sem se assegurar o amplo debate democrático e em momento de crise de legitimidade e de representação" do governo e do Congresso Nacional; a ministra afirmou ainda que a reforma está sendo vendida à população de forma equivocada pela mídia
A ministra do TST, por outro lado, afirmou que a reforma trabalhista está sendo feita "sem se assegurar o amplo debate democrático e em momento de crise de legitimidade e de representação" do governo e do Congresso Nacional, de acordo com publicação do jornal Valor Econômico.
Delaíde Arantes afirmou que a reforma trabalhista está sendo vendida à população de forma equivocada pela mídia. Ela negou que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) esteja desatualizada já que "vários de seus artigos foram alterados desde sua promulgação" na década de 1940. Ela também criticou o fato de a reforma permitir que negociações ocorram entre trabalhadores e empresários sem oferecer garantias de que os empregos sejam mantidos em caso de divergências durante essas negociações.
Setúbal, por sua vez, disse que a "legislação é muito detalhista, muito burocrática, intervencionista ao extremo". Segundo ele, essa legislação "não favorece a criação de emprego".
O banqueiro disse que a reforma trabalhista foi a principal preocupação dos empresários que participaram de um grupo de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado "Conselhão".
"Eu achava, talvez por uma sensação de culpa (por ser banqueiro), que os juros (altos) seriam o primeiro da lista de discussões do subgrupo. Juros altos e spreads altos. Para minha surpresa, os juros não apareceram em nenhum grupo de trabalho. Mas a necessidade da reforma trabalhista foi o primeiro ponto [entre as prioridades discutidas]", disse ele.
Para Setúbal, as reformas trabalhistas, da Previdência e o teto de gastos do governo são essenciais para o crescimento econômico.
0 Comentários