Marcelo Auler, que meses atrás desenvolveu um ótimo trabalho de investigação jornalística sobre as denúncias do recebimento de propinas por Michel Temer no Porto de Santos, inclusive com o envolvimento da empresa Rodrimar, publica hoje um retrato chocante de como o Ministério Público Federal e o Supremo ignoraram os indícios de corrupção na Companhia Docas do Estado de São Paulo.
O caso se deu quando Erika Santos, na Vara de Família, pediu parte do que o seu então companheiro, Marcelo de Azeredo, recebia num arranjo de propina envolvendo Temer.
Leia a chamada de Auler:
Parte das dúvidas e questionamentos que a Polícia Federal demonstrou nas 82 perguntas encaminhadas ao presidente Michel Temer já poderiam estar esclarecidas, desde o início deste século XXI, não fosse a omissão de dois Procuradores-gerais da República – Geraldo Brindeiro, mais conhecido como “engavetador-geral da República”, e Roberto Gurgel – e do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os três, em um espaço de dez anos – 2001 e 2011 – não permitiram que fossem investigadas as denúncias de que Temer, como deputado e presidente da Câmara dos Deputados (1997-1998) recebeu propinas pagas por empresas que atuavam no Porto de Santos, desde 1995. A partir daquele ano, na gestão de Fernando Henrique Cardoso na presidência da República (1995/2002), e nos períodos em que o PMDB (1983/1994) e o PSDB (de 1995 aos dias atuais) governaram São Paulo, foi Temer quem indicou os presidentes da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP). E dela se beneficiou.
Leia toda a história no Blog do Marcelo Auler.
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