247 – Tem sido rotina no Mato Grosso o envolvimento de ocupantes do palácio Paiaguás, sede do governo mato-grossense, em crimes ou suspeitas de atos ilícitos. Elas agora recaem sobre o governador Pedro Taques (PSDB). Ele é suspeito de ter se beneficiado de caixa dois na eleição de 2014 e de ter monitorado rivais através de interceptações telefônicas, segundo reportagem de
Pablo Rodrigo para a Folha.
Em maio deste ano, Taques viu o seu governo ser atingido pela Operação Rêmora, do Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Mato Grosso, contra fraudes em processos licitatórios na Secretaria da Educação. Investigações revelam que o suposto esquema começou em 2015 e envolvia 23 obras em escolas, com valores superiores a R$ 56 milhões.
O pior foi o depoimento do empresário Alan Malouf, preso em dezembro do ano passado. Ele revelou que o esquema visava quitar dívidas não declaradas da campanha eleitoral de 2014.
Interceptações Telefônicas
O sistema, que teria funcionado de 2014 a 2015 dentro do comando da Polícia Militar, foi descoberto pelo promotor Mauro Zaque, que era secretário da Segurança Pública e levou o caso ao governador Pedro Taques exigindo a demissão dos envolvidos. Como o governador nada fez, o secretário deixou o cargo.
“Telefones de uma deputada da oposição –Janaina Riva (PMDB)– e de ex-vereador, desembargador aposentado, assessor de desembargador, assessor da vice-governadoria, advogados, jornalistas e servidores foram inseridos ilegalmente num pedido de quebra de sigilo para investigar traficantes no Estado”.
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