Molina em fuga: Perícia da PF conclui que não houve edição na gravação de Joesley com Temer

23 de junho de 2017 às 20h22

  
“Ela é ruim e deve ser descartada. Eu não posso garantir que ela não foi manipulada”. Perito Ricardo Molina, o que atestou míssil contra a cabeça de José Serra no Jornal Nacional, que não revelou o cachê recebido de Michel Temer
“Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil. Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autenticidade da gravação”. Mentiroso Michel Temer, ganhando tempo
Perícia da PF aponta interrupções em áudio de Temer, mas descarta edição
A Polícia Federal concluiu que não houve edição na gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer no dia 7 de março no Palácio do Jaburu, segundo a Folha apurou.
A perícia foi finalizada nesta sexta (23) pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística).
A análise dos peritos identificou mais de 180 interrupções “naturais” no áudio, de acordo com a apuração da reportagem.
A perícia indica que o equipamento utilizado pelo empresário da JBS, que fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, possui um dispositivo que pausa automaticamente a gravação em momentos de silêncio e a retoma quando identifica som.
O relatório e o laudo pericial devem ser entregues ao STF (Supremo Tribunal Federal) apenas na segunda-feira (26).
Ao todo, os peritos verificaram quatro áudios.
A perícia da PF é aguardada com expectativa porque a defesa de Temer questiona a autenticidade das gravações.
O relatório tratará de obstrução de Justiça.
No começo da semana, a PF entregou ao Supremo a conclusão sobre o crime de corrupção passiva que, segundo a polícia, foi cometido por Temer e pelo seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures.
A expectativa é que, com a conclusão do inquérito pela PF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente até terça (27) uma denúncia contra Temer ao STF.
OBSTRUÇÃO
No pedido de abertura de inquérito enviado ao Supremo, Janot afirmou que o presidente deu anuência para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e seu operador Lucio Funaro, ambos presos.
Entre outros elementos, Janot se baseou em parte do diálogo no Jaburu para sustentar que houve obstrução de Justiça.
O procurador-geral afirmou que, na conversa, Temer ouviu de Joesley que o ex-presidente da Câmara estava sendo pago para não falar nada e sobre o assunto respondeu: “tem que manter isso, viu?”, o que seria um aval.
A conversa divulgada à imprensa, porém, continha trechos inaudíveis. Após a fala de Temer, Batista afirmou: “Todo mês”, o que indica, segundo o empresário afirmou em seu acordo de delação premiada fechada com a PGR, acertos em dinheiro.

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