Paim, antes de comissão aprovar reforma trabalhista por 16 a 9: “É o samba de um Congresso doido”; Marta ajuda a enterrar CLT

29 de junho de 2017 às 00h17

viomundo
Da Redação
Antes de a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovar o relatório da reforma trabalhista por 16 votos a 9, o senador Paulo Paim resumiu: é o samba do Congresso doido.
É que circularam na Casa, além de uma carta do usurpador Michel Temer, o texto de acordos segundo os quais a proposta deveria ser aprovada na íntegra pelo plenário do Senado — da forma como foi votada na Câmara — em troca de vetos específicos e pontuais do Planalto.
Mas, ninguém sabe se Temer vai sobreviver no poder. O objetivo das promessas, acima de tudo, é demonstrar às elites ainda relutantes em derrubar o governo dos ladrões que Temer e sua gangue são os únicos capazes de levar adiante as reformas que retiram direitos dos trabalhadores, arremessando o Brasil de volta à era pré-Getúlio Vargas.
As “reformas”, aliás, não são garantia de expansão do mercado interno — pelo contrário, ameaçam o mercado essencial para o que sobrou da indústria brasileira. A espoliação dos trabalhadores atende à taxa de lucro do patronato e aos que, na contramão do Brexit, querem enquadrar o Brasil na globalização sem limites como fornecedor de mão-de-obra barata.
Trata-se de um rebaixamento do Brasil para capturar empregos de péssima qualidade na economia global, agora que a China dá uma guinada para produzir bens de consumo e de valor agregado e deve descartar totalmente o papel de ‘maquiladora’ a serviço do Walmart, a maior rede de varejistas do mundo.
Dentre os acordos que teriam sido costurados nas últimas horas no Congresso, um se destinaria a esvaziar a greve geral marcada para a sexta-feira 30. Temer teria prometido vetar o item da reforma trabalhista que acaba com o imposto sindical.
Aprovaram a reforma na CCJ: do PMDB, Marta Suplicy, Romero Jucá, Jader Barbalho, Valdir Raupp; do PSDB, José Serra, Ricardo Ferraço, Antonio Anastasia e Paulo Bauer; Maria do Carmo do DEM, Benedito de Lira e Wilder Morais do PP, Roberto Rocha do PSB, Armando Monteiro do PTB, Eduardo Lopes do PRB e Cidinho Santos do PR.
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