
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, convoco uma reunião de emergência para a segunda-feira, em que tentará alinhar o discurso do partido; a tendência é pelo desembarque de um governo enlameado pela corrupção e rejeitado por mais de 90% dos brasileiros
8 DE JULHO DE 2017 ÀS 07:02 // 247 NO TELEGRAM
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SP 247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, convoco uma reunião de emergência para a segunda-feira, em que tentará alinhar o discurso do partido.
A tendência é pelo desembarque de um governo enlameado pela corrupção e rejeitado por mais de 90% dos brasileiros.
"Defensor da permanência do PSDB no governo Michel Temer, o governador Geraldo Alckmin está convocando dirigentes e governadores do partido para uma reunião em São Paulo na segunda-feira, 10. O objetivo do encontro, que deve ocorrer no apartamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em São Paulo, é tentar alinhar o discurso da legenda", informa o jornalista Pedro Venceslau.
Abaixo, reportagem da Reuters sobre a fragilidade da base de Temer:
Reuters - O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira ter “preocupação zero” com a base aliada, disse ter total confiança no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e atribuiu as críticas de tucanos que dominaram o dia a uma "força de expressão".
Temer está na Alemanha, onde participa da reunião do G20, e foi questionado sobre as declarações do presidente interino do PSDB, senador Tasso Jeireissati (CE), e do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Em uma conversa com investidores, Cunha Lima teria dito que "dentro de 15 dias o país terá um novo presidente", de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Já Jereissati disse a jornalistas que o país "caminha para a ingovernabilidade" e elogiou Maia como um nome capaz de unir os partidos em torno de uma transição.
"Vamos esperar 15 dias não é? Acho que foi força de expressão, às vezes as pessoas se entusiasmam um pouco", disse, sobre o prazo dado por Cunha Lima.
O presidente acrescentou que os quatro ministros do PSDB --Aloysio Nunes (Relações Exteriores), que está em Hamburgo; Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos)-- o procuraram para dizer que a fala dos senadores "não condiz com a posição da maioria do PSDB.
"O PSDB tem quatro ministros, todos exercendo suas funções", lembrou Temer.
O ministro das Relações Exteriores usou sua conta no Twitter para criticar seu próprio partido.
"Do ponto de vista dos interesses do Brasil, não poderia haver ocasião mais inoportuna para os recentes ataques de dirigentes do PSDB ao presidente da República quando ele representa nosso país na cúpula do G20", escreveu Aloysio. "Nem Lula nem Dilma tiveram esse tratamento de nossa parte quando éramos oposição."
Temer foi questionado, ainda, sobre sua preocupação com sua base no Congresso, que disse ser "zero" e sobre a lealdade de Rodrigo Maia.
"Acredito plenamente (na lealdade de Maia). Ele só me dá provas de lealdade o tempo todo", respondeu Temer.
O governo luta para conseguir pelo menos 34 votos necessários para um resultado favorável a Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mas o cenário é pior do que Palácio do Planalto tenta vender.
Uma alta fonte do governo disse à Reuters essa semana que teriam exatos 34 votos, mas outras fontes governistas apontam para um cenário pior, de no máximo 30 votos.
A indicação de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) para relator da denúncia contra o presidente foi um mau sinal para o Planalto. Apesar de peemedebista, Zveiter é visto como "imprevisível", "independente" e muito ligado a Maia.
(Por Lisandra Paraguassu, em Brasília)
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