Cantanhêde e Azevedo choram a triste saga tucana

ovoserparoeira
Hoje, na internet, é possível ver dois “especialistas” em PSDB chorando o inglório destino do tucanato.
Eliane Cantanhede diz, no Estadão, que “enquanto o prefeito João Doria estuda as falas e trejeitos de Emmanuel Macron e tenta mimetizar a eleição dele no Brasil, o deputado Jair Bolsonaro vai tentando, devagar e sempre, seguir a trilha de Donald Trump, que era tão absurdo, ninguém acreditava e chegou lá”.
Já Reinaldo Azevedo vai ao ponto:
O comportamento de parcela considerável do partido [o PSDB], talvez da maioria, no que diz respeito ao governo Michel Temer é das coisas mais detestáveis que vi em política nos últimos tempos. E é covarde também. Então o partido não pode conviver com os supostos crimes do presidente, apontados por Janot, mas pode conviver com aqueles que teriam sido cometidos pelos próprios tucanos?
Nenhum dos dois, claro, sequer admite a ideia da eleição de Lula, mas ambos reconhecem o obvio, assustador: o PSDB está cada dia mais longe de representar uma alternativa para 2018.
Como Temer, Maia ou qualquer outra das figuras que entraram no golpe e/ou nas listas também não são alternativas, o que sobra?
Marina Silva? Ciro Gomes? Desculpem, com eles Bolsonaro palita os dentes.
Porque, desculpem de novo os que acham que o voto é uma complicada elaboração teórica e ideológica, o candidato de extrema direita “comerá” parte do voto popular que se dirige hoje ao ex-presidente. Até porque pouco vai “colar” o discurso de não ter projetos, planos de governo e coisas do gênero neste eleitorado.
Bolsonaro é a personificação da ideia simplória que venderam de que basta acabar com a bandidagem – de luxo ou de pobre – que tudo estará resolvido.
Ah, mas Bolsonaro, pelo seu perfil, terá um teto baixo na classe média, ciosa dos valores democráticos.  Peço desculpas outra vez, agora para rir, porque é só olhar as pesquisas e ver que é entre os com educação superior e maior renda que o ex-capitão consegue seus melhores índices.
É por isso – e não pode decência – que vai crescer o contingente de conservadores que se oporá ao alijamento de Lula da corrida eleitoral.
Por incrível que possa parecer, e à completa revelia, o maior advogado de Lula, hoje, é o fantasma do capitão.


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