247 - O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) , preso nesta semana pela Polícia Federal, teria cobrado R$ 80 milhões em propina para que o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, obtivesse um empréstimo de R$ 2,7 bilhões da Caixa Econômica Federal pudesse comprar a Alpargatas. Na época Geddel era o vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição.
A acusação consta do depoimento feito pelo doleiro Lúcio Funaro à Polícia Federal no dia 14 de junho. O doleiro, apontado como um dos operadores do esquema encabeçado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso em um desdobramento da Operação Lava Jato.
Funaro, que tenta fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, diz que poderá provar as acusações contra Geddel. Funaro contou aos investigadores que foi procurado por Joesley para que ele entrasse em contato com Geddel e pedisse ajuda com a liberação do empréstimo junto à Caixa. Funaro, porém, disse que se a propina foi paga isso teria acontecido sem que ele tivesse conhecimento.
O doleiro também afirmou que todos os empréstimos feitos pela caixa tinham que ser aprovados por Geddel. Funaro diz ter repassado pelo menos R$ 20 milhões a Geddel ao longo do tempo.
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