Leitão admite “bundalelê” fiscal. Gentil, diz que é “improviso”

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A douta analista econômica Miriam Leitão, fiel da Igreja do Evangelho Liberal dos Últimos Dias, teve, hoje, uma epifania.
Do ponto de vista fiscal, ele (o Governo) não sabe para onde correr e fica anunciando uma medida por dia.Na semana passada, o ministro Henrique Meirelles disse na quarta-feira que o contingenciamento era excessivo e que seria flexibilizado. No dia seguinte, anunciou um aumento de R$ 5,9 bilhões do contingenciamento. Ontem, o governo anunciou a liberação de R$ 1 bilhão do total contingenciado, hoje confirmou os R$ 5,9 bi e ainda remanejou verbas tirando principalmente de investimento.
Puxa, Miriam, estou espantado com seu raciocínio rápido. Como você percebeu depressa que essa encrenca não ia dar certo!
Em fevereiro, a culpa de não deslancharmos era só dos políticos , pois a “economia começa a dar sinais de melhoras cada vez mais consistentes”.
Daí você foi ficando mais reticente, porque estava na cara que o Governo não tinha política econômica alguma senão arrochar as contas públicas, e você sabe que despesa é que nem lambari ensaboado, escapa das mãos  com muita facilidade.
A nossa teoria econômica, neste momento, é a daquele lápis atrás da orelha do dono de venda, que acha que a solução para o fato da clientela ter sumido é demitir o simpático cearense do balcão.
Miriam sabe que a meta fiscal não se sustenta mais, mas não quer chutar a santa.
Que assiste chocada o que se passa, entorpecido pela lâmpada vermelha, o que se passa a seus pés.
Romero Jucá, com a ajuda luxuosa de André Moura falando grosso sobre política econômica, com um bundalelê para garantir Temer como o dono do apê.
Houve um tempo em que os comentaristas econômicos da Globo derrubavam ministros. Agora, fingem que não vêem eles caírem.

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