PT acusa missionário Carlos Fernando de perseguição e colunista sugere que ele será candidato

01 de julho de 2017 às 09h10

vimundo
Se eu fosse um Carlos Fernando, alegaria que, ao fantasiar-se de revolucionário francês diante de uma Bastilha de papel, Carlos Fernando nutre a “única motivação” de cavalgar a Lava Jato para inaugurar uma carreira política inflada pela demagogia. Como não sou, faço como prega Luís Roberto Barroso (“não coloco em questão a boa-fé de ninguém” pois “as pessoas divergem em função de ideias”), descartando a trilha fácil da especulação sobre maléficas motivações alheias. De fato, acho que o procurador acredita genuinamente no que proclama. Ele não é um oportunista, mas um missionário. Demétrio Magnoli, na Folha
Força tarefa mantém sua perseguição contra o PT – dentro e fora dos autos
A perseguição ao PT, notadamente, não se compara à benevolência com que procuradores tratam outras agremiações partidárias
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima usou sua página na rede social Facebook nesta sexta-feira (30) para promover uma série de ataques contra o Partido dos Trabalhadores.
O direito à manifestação é livre, mas causa estranheza que um funcionário público de alto escalão exprima suas opiniões reiteradamente fora dos autos, numa clara tentativa de pressionar a Justiça e a opinião pública, e fazer valer seus desejos em meio aos trâmites processuais da Operação Lava Jato.
Coincidentemente, o desequilíbrio verbal e o descontentamento do procurador Carlos Fernando se dão no exato momento em que João Vaccari Neto foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Os juízes foram claros ao sentenciar que, segundo a lei, delações sem provas não bastam para condenar uma pessoa. Vamos repetir: segundo a legislação brasileira, delações sem provas não são suficientes para incriminar e, menos ainda, manchar a honra de quem quer que seja.
Se é fato que ninguém está acima da lei, também não podemos admitir que esteja abaixo dela.
Infelizmente, essa não é a primeira demonstração do ódio dos procuradores contra o Partido dos Trabalhadores.
O caso mais célebre dessa caçada judicial foi o infame power point contra o ex-presidente Lula, que virou motivo de piada nas redes sociais devido ao amadorismo e à fragilidade da denúncia.
Pelo jeito, a Força Tarefa não aprendeu a lição e continua a agir de maneira que não condiz com a história do Ministério Público brasileiro e de seus representantes.
A perseguição ao PT, notadamente, não se compara à benevolência com que esses procuradores tratam outras agremiações partidárias.
O PT e seus dirigentes estão e sempre estiveram à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários dentro do processo legal, que é o espaço para que dúvidas sejam dirimidas e a justiça seja feita.
Assessoria de Imprensa do Partido dos Trabalhadores
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