A maldição da “moita do Jaburu” pega a Doutora Raquel

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A “polícia política” inaugurada no Brasil pelo Ministério Público Federal voltou-se contra a própria instituição.
Pode ser, é claro, verdadeiro o motivo da visita noturna da nova Procuradora Geral, Raquel Dodge, ao Palácio do Jaburu, para encontrar-se com Michel Temer, segundo ela, para combinar o horário de sua posse, no dia 18 de setembro, porque este teria de viajar aos Estados Unidos naquele dia, segunda, para fazer a abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 19.
Mas também é duro de engolir que a transferência da cerimônia para a manhã do dia 18 exigisse mais do que um telefonema e, daí por diante, a ação dos cerimoniais do Planalto e da PGR, ao ponto de obrigar um desfile pelas moitas com que Temer mandou guarnecer a entrada do Jaburu para protegê-la de olhares indiscretos.
O que não adiantou, pois mesmo no escuro o cinegrafista Wilson de Souza, da TV Globo, flagrou a chegada para o encontro reservado.
Certamente não soma ao clima vigente dentro da PGR a visita “padrão Joesley Batista” da doutora.
Ainda mais no dia em que Temer apresenta ao Supremo um inédito pedido de impedimento do até agora chefe de Dodge, o procurador Rodrigo Janot, qualquer um tem o direito de pensar que o tema esteve presente numa conversa que, de outra forma, teria durado dois minutos, não mais.
Como o Ministério Público passou a valorar mais as convicções do que as provas, é possível que haja entre alguns procuradores a convicção que, na definição dos canapés a serem servidos na posse alguns possam ter a cara bolachuda de Rodrigo Janot.

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