Caixa adere à terceirização de Temer e não fará mais concursos públicos

VIOMUNDO

04 de agosto de 2017 às 19h18

  
Erika Kokay critica fim do concurso público e terceirizações na Caixa 
da assessoria da deputada
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), funcionária da Caixa por 35 anos, criticou duramente, nesta sexta-feira (4/8), normativa do banco sobre trabalho temporário.
Efeito da reforma trabalhista e da terceirização irrestrita no serviço público, medidas de iniciativa do governo golpista de Michel Temer, a Caixa sinaliza que não realizará mais concursos públicos para a contratação de seus funcionários e funcionárias, nem mesmo para repor aqueles e aquelas que se desligaram nos planos de aposentadoria.
De acordo com a norma, os trabalhadores serão contratados por meio de empresas especializadas na prestação de serviços temporários para realizar as tarefas de técnico bancário e não terão nenhum vínculo empregatício com a Caixa.
A norma não estipula a quantidade de temporários que serão contratados, apenas define que o número de contratações dependerá da disponibilidade orçamentária e dos resultados esperados pelo gestor demandante, com base no que for determinado pela Gerência Nacional do Quadro de Pessoas e Remuneração (Geper).
“Estão destruindo os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da Caixa, que são o maior patrimônio desta empresa. Uma empresa que é um instrumento estratégico imprescindível para construir um Brasil mais justo e soberano”, disse a parlamentar.
“Não podemos admitir que a Caixa terceirize suas atividades fim, contratando trabalhadores precarizados, com salários menores e piores condições de trabalho. Não podemos permitir que não haja mais o concurso público”, criticou.
A deputada adiantou que vai realizar uma audiência pública na Câmara Federal para que o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, possa dar explicações sobre os motivos de terceirizar as atividades fim do banco.
“Nós vamos resistir! Não toquem na Caixa, um banco que é patrimônio do povo brasileiro. Não desrespeitem seus trabalhadores e trabalhadoras”, finalizou Kokay.
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