Minas 247 - O governo de Minas Gerais e a Cemig correm contra o tempo para conseguir R$ 11 bilhões depois que o governo federal aceitou o acordo que pode impedir o leilão de quatro usinas da estatal no dia 27 de setembro: Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande. Juntas, elas respondem por cerca de 50% da geração da companhia. O presidente da empresa, Bernardo Salomão Alvarenga, anunciou na sexta-feira (18) que o executivo federal aceitou o acordo, mas não significa que o leilão foi cancelado. A União já conta com os R$ 11 bilhões, valor da outorga do leilão e que deve ser pago em novembro, para ajudar a cobrir o rombo fiscal de 2017.
A medida é uma contrapartida exigida pelo executivo para renegociar dívidas com o estado. A companhia argumenta que tem direito de manter as hidrelétricas porque o contrato de concessão assinado pelo governo federal em 1997 prevê a renovação automática das usinas por 20 anos.
“O acordo foi aceito desde que a Cemig consiga levantar os R$ 11 bilhões. Agora, precisamos que o governo (do Estado) nos ajude para conseguirmos um empréstimo nos bancos. Estamos em contato com várias instituições, como Banco do Brasil e BNDES”, afirmou Alvarenga. O relatos foi publicado no jornal O Tempo. Pimentel disse em seu discurso que o governo está “disposto a chegar a uma solução negociada”.
O presidente da Cemig não descarta a possibilidade de buscar um parceiro para levantar a cifra bilionária. “Nada está descartado, mas agora precisamos estudar como chegar ao valor”, informou o dirigente.
Atualmente, a dívida da companhia está em R$ 12,5 bilhões e, de acordo com a estatal, metade desse valor vence em 2018. Em caixa, a empresa tem cerca de R$ 2,5 bilhões.
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