247 – Um contingenciamento de verbas anunciado pela equipe econômica do governo de Michel Temer para a Marinha pode levar às ruínas o Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Prosub).
O projeto mais estratégico da Marinha brasileira pretendia lançar ao mar seu primeiro submarino no terceiro trimestre de 2018, mas com os cortes que chegam a 30%, o feito não deve ser realizado. O projeto é orçado em R$ 30 bilhões, dos quais foram gastos R$ 16 bilhões desde 2008, quando foi anunciado.
De acordo com a Marinha, o submarino é estratégico para que o Brasil se torne um dos cinco países no mundo a deter a tecnologia de construção de um submarino nuclear, além de renovar a frota de quatro submarinos, já bastante desatualizados.
O comandante da Marinha, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, alerta para o risco de o Prosub naufragar e o país ter sua imagem associada a um fracasso.
"Assim como o sucesso vai representar uma nova perspectiva para o Brasil no cenário internacional em termos de respeito e credibilidade, o fracasso pode representar exatamente o oposto. Ou seja, o Brasil não conseguiu", diz ele. "Isso vai sempre ficar marcado como um fracasso", completa.
Em 2014, quando inaugurou o prédio principal do Estaleiro de Construção de Submarinos no Estaleiro e Base Naval da Marinha, em Itaguaí (RJ), utilizado para a construção dos cinco submarinos nucleares, Dilma Rousseff comentou a importância do projeto para uma defesa bem equipada para defender a soberania do país e o pré-sal.
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