A coluna Painel, da Folha, diz que as planilhas do Governo registram que, agora, o “gado” disponível para votar a reforma da Previdência tem apenas 150 cabeças.
Menos da metade dos 308 votos necessários para aprovar uma reforma constitucional.
Se Michel Temer, Henrique Meirelles e Rodrigo Maia quiserem levar em frente o “me engana que eu gosto” de que pretendem votar a reforma até outubro, vai ser preciso arrombar muito mais as contas públicas.
O problema é que o preço de uma parte – o Centrão – é custo em outra, os tucanos.
E risco num terceiro quadro, o da segunda denúncia de Rodrigo Janot.
A se confirmarem os boatos e vazamentos sobre a delação de Lúcio Funaro, a lama não será pequena.
E, embora formalmente os votos para livrar Temer continuem sendo apenas 172, agora qualquer votação interior à primeira – 263 votos – será um sinal de enfraquecimento inequívoco.
É, portanto, absolutamente improvável que seja promovida alguma votação difícil para o governo nos próximos dias, a menos que Rodrigo Maia resolva pautá-la como forma de expor o presidente.
Já vai precisar vender garrafas velhas para aprovar a mudança da meta fiscal, que – para usar o termo ue os neoliberais usavam para atacar Dilma – é mera “contabilidade criativa”, baseada em cortes inviáveis e receitas superestimadas.
O problema é que a desfaçatez e a vaidade do ocupante do Planalto não cabem em orçamento algum.
0 Comentários