Tucano, pato, galinho de briga e urubu

agrepinus
Quem não soubesse que o PSDB é um partido fraterno, onde todos os seus integrantes, apesar de divergências, caminham sempre unidos pelos laços da fidelidade, da gratidão mútua e da unidade acima de tudo poderia ver na entrevista de Paulo Skaf, ao Valor,  uma metáfora aviária.
O pato da Fiesp , patrocinado pelo urubu do Planalto, faz quase um aceno a ao galinho de briga paulistano para deixar o tucano do chuchu  numa gaiola justa, com o apoio apenas da turma do pavão da Sorbonne.
Como o PMDB não tem candidato e nem chance de fazer surgir um de seus quadros, a vaga que falta no PSDB está sobrando com Temer. E ainda leva um Aécio  junto, escondido na “mala”.
Leia este trecho:
Valor: O sr. ficou em segundo lugar na disputa pelo governo de São Paulo em 2014. Tentará novamente o governo paulista? É possível um acordo com o PSDB?
Skaf: Fiquei em segundo lugar em São Paulo e fui o mais votado do PMDB no país. O governador do Rio foi reeleito com menos votos do que eu tive. Seria muito natural meu nome ser lembrado no próximo ano como candidato ao governo do Estado. Se eu falasse diferente seria hipócrita. Realmente vou ter essa preocupação no ano que vem. Nas eleições há duas visões: a minha é de ser a favor da economia liberal, da livre iniciativa, de cobrar eficiência, Estado menor, bom ambiente de negócios. Há quem pense diferente, que o bom é Estado pesado, grande. Nas eleições de 2018, depois da fase tão difícil que o Brasil passou, seria muito bom ter união daqueles que olham na direção de uma economia liberal, de mercado, de menos Estado, mais iniciativa privada, mais eficiência, melhor qualidade do serviço público. Se puder juntar partidos ou candidatos que tenham essa mesma visão, quanto mais união tiver em relação às candidaturas à Presidência, a governador, me parece bom. Não podemos aprovar reformas e depois assumir o país com pessoas com visão contrária e voltar tudo para trás. Essa união seria muito saudável, não só PMDB e PSDB, mas também outros partidos. Mais do que cor partidária, uma visão de país. Aqueles que acreditam que o caminho para o Brasil, para a nação brasileira é olhar com uma visão de direita – não digo de radicalismo, mas de princípios que se unam e busque ter mais garantia de sucesso.
Valor: Esse discurso é semelhante ao do prefeito de São Paulo, João Doria. Um dos cenários cotados é de Doria ser candidato à Presidência com o apoio do PMDB, em troca do apoio ao senhor em São Paulo. Esse acordo está no horizonte? O que acha de Doria para Presidência?
Skaf: A decisão de o Doria ser ou não candidato é partidária, do PSDB. Hoje se fala muito isso, de uma união, de o PSDB ter candidato à Presidência e o PMDB com candidato a governador de São Paulo. Não seria nem de dar apoio, seria uma união. Essa visão não é minha ou do Doria, mas das pessoas que acreditam nisso. Hoje é uma discussão.

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