Ao menos dez políticos já se colocaram como opções
em suas legendas pelo Palácio dos Bandeirantes
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Adriana Ferraz e Pedro Venceslau, O
Estado de S.Paulo
27
Setembro 2017 | 12h15
A antecipação da
corrida presidencial de 2018 contagia as disputas partidárias pelo Palácio dos
Bandeirantes. Em compasso de espera, ainda sem saber quem serão seus candidatos
à sucessão de Michel Temer, PSDB, PT, DEM, PSB, PMDB e PSD experimentam alguns
nomes para concorrer ao governo paulista ano que vem. Ao menos dez políticos,
como os tucanos Floriano Pesaro e Luiz Felipe d’Avila, o petista Fernando
Haddad, o vice-governador Márcio França, o peemedebista Paulo Skaf e o democrata
Rodrigo Garcia, já se colocaram como opções em suas legendas, ainda que na
dependência de quem será o escolhido para disputar a Presidência.
O prefeito João Doria (PSDB) e o governador Geraldo
Alckmin (PSDB), em 13 de setembro deste ano Foto: Fábio Vieira/Foto
Após mais de 22 anos no comando do Estado – com
seis mandatos consecutivos – , os tucanos se dividem entre uma candidatura que
represente a renovação na política ou a “segurança” de lançar o senador José
Serra, que conta com o recall de eleições anteriores. Ao mesmo tempo, cogita o
nome do prefeito da capital, João Doria, caso ele perca a disputa que trava
internamente com o governador Geraldo Alckmin para vaga de Temer.
Pesaro e d’Ávila já
se apresentaram formalmente como candidatos, e a lista pode ainda receber o
nome do atual secretário estadual da Saúde, David Uip, que já anunciou
interesse, do ex-senador José Aníbal e do prefeito de São Bernardo do Campo,
Orlando Morando. A concorrência interna abriu mais uma crise no partido.
Durante encontro do diretório estadual deste mês, Morando criticou a
antecipação do processo eleitoral e pediu ao presidente da sigla no Estado,
deputado Pedro Tobias, que suspendesse as pré-candidaturas e formasse uma
comissão para avaliar os nomes.
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“Luiz Felipe quem?”,
ironizou Morando, referindo-se a d’Ávila. “Ninguém tem autoridade para colocar
nome agora. Isso só serve para atrapalhar nosso candidato a presidente”,
completou. Reservadamente, tucanos da executiva estadual dizem que a
preferência do partido é pelo lançamento de Doria para o governo e
Alckmin, para presidente. O pedido de suspensão da apresentação da
pré-candidaturas foi negado por Tobias.
EFEITO LULA
A indefinição que ronda a candidatura do
ex-presidente Lula ao Planalto também ''atrapalha" os planos do PT no
âmbito estadual. Líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, o
deputado Alencar Braga disse ao Estado que
Haddad passou a ser tratado como uma das opções do partido para a disputa do
governo do Estado em 2018, apesar de ele ser também uma das alternativas da
legenda para a corrida presidencial, no caso de Lula ser condenado em segunda
instância e virar ficha-suja.
Durante reunião realizada
com Haddad no início deste mês, os deputados estaduais afirmaram ao ex-prefeito
que gostariam de ver seu nome na urna eleitoral ano que vem, independentemente
do cargo a ser disputado. “Ele disse que está à disposição do partido”, afirmou
Braga. Mas, caso decida concorrer ao governo, Haddad, assim como os tucanos,
também terá de enfrentar antes uma disputa interna. O ex-prefeito de São
Bernardo do Campo, Luiz Marinho, já demonstrou oficialmente o desejo de
concorrer, de acordo com a bancada petista. Na análise de parte do partido, no
entanto, o nome de Haddad é mais forte, pelo recall da última eleição.
Apesar de ter sido derrotado no primeiro turno por
Doria, o ex-prefeito teve a preferência de 16% do eleitorado. Ao Estado,
Haddad afirmou que apenas recebeu “uma sondagem” dos deputados do partido.
Segundo o ex-prefeito, Marinho também o sondou para saber se ele aceitaria
disputar o Senado na chapa petista. Haddad respondeu que, antes, era preciso
conversar com o vereador Eduardo Suplicy, que também manifestou desejo de
concorrer ao governo ou ao Senado.
SKAF
O leque de
possibilidades também está aberto nos demais partidos. Skaf já pleiteia a
chance de disputar o governo novamente, tendo iniciado tratativas com Kassab,
presidente licenciado do PSD, para compor uma chapa forte em São Paulo. No
xadrez de Skaf, uma candidatura de Doria, e não de Alckmin, à Presidência lhe
seria favorável, já que o prefeito ficaria longe do Palácio dos Bandeirantes.
Internamente, no entanto, outra disputa o preocupa: a senadora Marta Suplicy
também pode pleitear a vaga.
No DEM, o
pré-candidato é o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia. Nome forte
da sigla em São Paulo e um dos principais aliados do governador, entrou
oficialmente na corrida pelo Bandeirantes. “Já avisei o governador Geraldo
Alckmin dessa disposição”, disse, sem mencionar a data que deve deixar a pasta.
Tucanos, no entanto, consideram a possibilidade de ele compor uma chapa como
vice – a mesma opção poderia ser dada a Kassab.
A lista é completada pelo atual vice-governador de
São Paulo, que deve experimentar a função a partir de abril de 2018, quando é
esperada a desincompatibilização de Alckmin, no caso de ele ser o escolhido
pelo PSDB ou outra legenda a disputar a Presidência. França já foi lançado
candidato durante congresso do PSB.
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