
O primeiro seria "com eleição e com Lula"; o segundo, segundo o cientista político, "com eleição e sem Lula", no qual "amplia-se o risco da eleição de um candidato de direita"; e o terceiro, "sem eleição - com o aprofundamento do golpe por meio do parlamentarismo ou outra manobra"; confira análise publicada em seu Facebook
2 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 11:12 // 247 NO TELEGRAM
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Por Luis Felipe Miguel, em seu Facebook
Três cenários para 2018:
(1) Com eleição e com Lula. Mesmo com o jogo pesadíssimo que virá, Lula é o favorito. A questão é saber o que será o seu governo. O golpe mostrou que as condições para reeditar o pacto lulista estão aviltadas; Lula seria constrangido a adotar políticas compensatórias no quadro institucional dado pelos retrocessos de Temer. A única maneira de combater essa situação é com a pressão popular, reequilibrando a relação de forças e fazendo com que o realismo político de Lula tenha que levar em conta não só as exigências das classes dominantes, mas também do campo popular. Em suma: diante deste cenário, a tarefa urgente é retomar a mobilização popular.
(2) Com eleição e sem Lula. Amplia-se o risco da eleição de um candidato de direita. A viabilidade eleitoral do substituto de Lula, provavelmente Haddad, é uma incógnita. Ademais, Haddad tem fortes incentivos para enfatizar seu perfil de classe média moderada, transitando como candidato da "civilização", muito mais do que da esquerda, e ganhando apoios onde Lula tem maior rejeição. Se ganhar a direita, enfrentaremos mais uma rodada de retrocessos e precisamos ampliar a capacidade de resistência. Se ganhar alguém com o perfil de Haddad, é preciso reforçar a possibilidade de um compromisso popular na administração. Em suma: diante deste cenário, a tarefa urgente é retomar a mobilização popular.
(3) Sem eleição - com o aprofundamento do golpe por meio do parlamentarismo ou outra manobra. É a opção por uma política que recuse qualquer possibilidade de influência das camadas populares - portanto, prosseguindo ad eternum com o que é o governo Temer. Mais do que nunca, só a resistência nas ruas poderá impedir a destruição dos direitos que nos restam, o sucateamento total do Estado e a desnacionalização completa da economia. Em suma: diante deste cenário, a tarefa urgente é retomar a mobilização popular.
Parece que, como diriam meus amigos da teoria dos jogos, temos uma "estratégia dominante". Em qualquer cenário, o campo popular tem que recuperar a capacidade de enfrentamento.
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