Diante de problemas com o sucateamento das estruturas que compõe a linha mais antiga do estado, que liga a estação da Luz à cidade de Jundiaí, políticos pretendem abrir canal de diálogo com o governo
por Redação RBA publicado 26/09/2017 16h31
RICARDO GUIMARÃES/DIÁRIO DA CPTM
São Paulo – Será lançada hoje (26), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Frente Parlamentar em Defesa da Linha 7 – Rubi. A proposta reúne mais de 20 políticos em torno do criador da frente, o deputado estadual Alencar Santana Braga (PT). O objetivo será debater os problemas da linha, que compreende o trajeto entre as estações da Luz e Francisco Morato, seguindo em outras composições até a cidade de Jundiaí, já na região do interior do estado.
Alencar Santana explica que a Frente pretende estabelecer um canal de diálogo de prefeitos, deputados e lideranças locais com o governo do estado. “O diálogo tem que favorecer a região, independente de partido, para beneficiar as demandas da população. A frente é um instrumento importante de diálogo e de busca de soluções para os problemas históricos”, disse.
“O transporte ferroviário de passageiros é um dos principais desafios de mobilidade urbana em São Paulo (…). Há algumas semanas, prefeitos das cinco cidades da região da Mantiqueira reuniram-se para criar um movimento de defesa da Linha 7 – Rubi”, afirma em nota a liderança do PT na Casa. A reunião aconteceu no gabinete do prefeito de Franco da Rocha, Kiko Celeguim (PT).
Este primeiro encontro de hoje se realiza às 18h no auditório Paulo Kobayashi, da Assembleia Legislativa. A Linha 7 – Rubi é a mais antiga em operação do estado, foi inaugurada em fevereiro de 1867 pela extinta São Paulo Railway, posteriormente chamada Estrada de Ferro Santos – Jundiaí. O trajeto está sob controle da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), do governo estadual, desde 1994.
A bancada da oposição ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB) denuncia o abandono da linha pelo tucano. “Em 2012, o governo do estado anunciou reformas em 12 das 17 estações da Linha 7 – Rubi, mas todas as obras de mobilidade do governo Alckmin seguem atrasadas e várias estações funcionam há anos com estrutura precária e provisória”, afirma a liderança do PT, que relata “problemas praticamente toda a semana com panes e atrasos causados pela falta de manutenção e modernização”.
Até hoje, a estação Francisco Morato, por exemplo, funciona com uma estrutura provisória, sendo que a conclusão segue sem prazo para ser concluída. “Revoltados com as precárias condições e problemas diários nos trens, usuários daquela estação já traduziram várias vezes sua indignação em diversos atos de depredação, que deixaram catracas e guichês destruídos”, continua o partido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário