TEREZA CAMPELO AO 247: O BRASIL CORRE O RISCO DE VOLTAR PARA O MAPA DA FOME
Ministra responsável pelo combate à pobreza no governo da presidente Dilma Rousseff, Tereza Campelo faz um alerta: "o Brasil corre o risco de voltar para o mapa da fome"; isso porque, desde o golpe de 2016, a questão social saiu da prioridade do orçamento federal; Tereza critica o fim da política de valorização do salário mínimo, as ameaças de cortes nas aposentadorias rurais, o fim dos programas de agricultura familiar e a flexibilização dos direitos trabalhistas; ela afirma ainda que a elite brasileira atirou contra o próprio pé, ao apoiar a deposição de Dilma: "os empresários sabotaram seu próprio mercado interno", afirma; confira a íntegra de sua entrevista à TV 247
247 – Ministra responsável pelo combate à fome e à pobreza no governo da presidente Dilma Rousseff, Tereza Campelo foi co-responsável por uma das maiores conquistas da administração deposta pelo golpe de 2016, que foi a exclusão do Brasil do mapa da fome.
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Agora, com o massacre que vem sendo conduzido pela gestão de Michel Temer, ela faz um alerta importante.
– O Brasil corre o risco de voltar para o mapa da fome. E os alertas têm vindo de organismos das Nações Unidas – afirma.
Isso seria consequência do ataque a várias políticas sociais: o Bolsa Família, a agricultura familiar, as aposentadorias rurais, sem contar o fim da política de valorização do salário mínimo.
– O programa da agricultura familiar tinha um orçamento de R$ 1 bilhão que foi reduzido a R$ 750 mil, ou seja, praticamente foi eliminado.
Tereza lembra ainda que o Brasil, antes exemplo para o mundo na questão social, hoje é motivo perplexidade no ambiente acadêmico e na imprensa internacional.
– Hoje, ninguém mais nega o golpe.
A ex-ministra também critica o caráter suicida da elite brasileira, que, ao apoiar o golpe de 2016, sabotou seu próprio mercado interno.
– Cada um real gasto no Bolsa Família gera um impacto muito maior na economia. E quem recebe gasta em coisas produzidas no Brasil. É um programa que custa 0,47% do PIB e atinge 47 milhões de pessoas.
Na entrevista, ela também criticou outros retrocessos do governo Temer, como o possível fim do programa de compra de cisternas no Nordeste.
Confira, abaixo, a íntegra da entrevista à TV 247:
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