247 - Responsável pela crise que paralisa fábricas, aeroportos e reduz o abastecimento de supermercados e farmácias no País, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta quinta-feira 24, quarto dia de paralisação dos caminhoneiros, que a política de preços só muda se Michel Temer mudar a diretoria da Petrobras.
Sua política desastrosa de preços de combustíveis provocou a greve dos caminhoneiros e é contestada por engenheiros, petroleiros e até por tucanos que deram o golpe de 2016. O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB),
convocou senadores para defender a renúncia de Parente.
"Eu e a equipe não conseguiríamos e não iriamos continuar (na empresa) se tivéssemos que fazer algo em que não acreditamos e que não fosse ao encontro ao dos interesses da companhia e dos acionistas. Mas, repito, o governo não acha que a Petrobras deva ser usado de uma maneira, por assim dizer, 'social'. Não é o caso. E, portanto, não tem qualquer discussões sobre isso agora (sua saída)", declarou.
Parente falou com analistas de bancos em teleconferência nesta tarde, enquanto as ações da Petrobras despencavam mais de 10% na B3 (antiga Bovespa). O papel ordinário (com voto) da Petrobras fechou em queda de 14,5%, levando a uma perda de R$ 47,2 bilhões em valor de mercado à empresa.
"Segundo a legislação do petróleo, enfrentamos livre competição e somos livres para determinar nosso preço", disse ele na conferência.
Parente afirmou que o governo não influenciou na decisão de reduzir em 10% o preço do diesel por 15 dias, que foi tomada pela diretoria da estatal "pensando no melhor interesse da empresa". De acordo com ele, caso Brasília deseje implementar subsídios, a Petrobras teria que ser reembolsada de acordo com cláusulas previstas em contrato.
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