247 - O prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB) deixou claro o derretimento do partido ao fustigar o correligionário e candidato à presidência Geraldo Alckmin. Ele disse: "não leva o meu apoio, não leva o meu voto, não leva o voto dos amazonenses". O PSDB derrete a olho nu e provoca perplexidades. Ala significativa do partido ainda não entendeu que a eventual derrocada de seu candidato ao Planalto nesta eleição não marcará apenas o ocaso político de um dos principais nomes do tucanato, mas o da própria sigla, "que caiu em desgraça depois de se entrincheirar numa batalha sobre ética com o PT sem avaliar a espessura de seu telhado de vidro", segundo atesta a jornalista Daniela Lima.
Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo, a jornalista destaca que "Alckmin vive o inferno de qualquer candidato. Em baixa nas pesquisas, é alvo da desconfiança de aliados que dão suporte à sua candidatura e tornou-se persona non grata para companheiros que também disputam a eleição".
Ela acrescenta que "no Nordeste, políticos da coligação tucana distribuem santinhos pedindo votos para o 13, número do PT" e que "marqueteiros de candidatos a governador pelo PSDB começam a orientar seus clientes a afastar qualquer menção a ele da publicidade eleitoral".
A situação de Alckmin é mesmo dramática. Mesmo em São Paulo, estado que comandou por quatro vezes, o tucano iniciou a disputa com dois aliados na corrida pelo governo e agora é rejeitado por ambos.
Lima ainda sublinha as dificuldades naturais do candidato tucano: "estava escrito que o tucano enfrentaria alguma dificuldade nesta eleição, marcada desde o início pelo tom beligerante, de acerto de contas. A começar pela fala, monocórdia, repetitiva e comedida, ele não parecia se encaixar no cenário dominado pela histeria".
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