Os setores em que se dividem o governo Bolsonaro estão em guerra interna pelo aumento de verbas. Orçamento de 2021 pode furar a chamada regra de ouro do teto de gastos, uma derrota para o ministro da Economia Paulo Guedes
247 - Jair Bolsonaro está sob pressão dos ministérios pelo aumento das verbas orçamentárias. A pressão pode resultar no fim do teto de gastos comprometendo a chamada responsabilidade fiscal.
A equipe econômica de Paulo Guedes é cada vez mais pressionada a abandonar o dogma que limita o aumento das despesas à inflação do ano anterior.
Um dos principais oponentes de Paulo Guedes no governo, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, vai receber mais R$ 846 milhões em 2021 em relação à proposta orçamentária oferecida anteriormente (de R$ 7,4 bilhões).
Segundo reportagem dos jornalistas Fábio Pupo, Thiago Resende e Bernardo Caram, na Folha de S.Paulo, ele tem ganhado a simpatia do próprio Bolsonaro, interessado em inaugurar obras visando à reeleição em 2022.
Paulo Guedes, em desvantagem nessa luta já avisou que vai combater o que ele chama de "ministro fura-teto".
Segundo a reportagem, na quantia extra que Marinho recebeu para o próximo ano, estão R$ 500 milhões para operações com carros-pipa. Outros R$ 174 milhões vão para a conclusão do sistema adutor do agreste pernambucano, além de R$ 152 milhões do programa de integração do rio São Francisco.
A manobra orçamentária poderá ser feita sacrificando a realização do, a fim de remanejar recursos, beneficiando o Ministério da Defesa, com a liberação de mais R$ 2,2 bilhões.
As verbas para o próximo ano ainda estão em negociação no governo. Depois, ainda poderão passar por mudanças no Congresso.
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