Governador maranhense criticou o ministro da Saúde por não procurar as autoridades do estado para tratar da variante indiana. Queiroga rebateu, afirmando ter ouvido o secretário do Estado, e Dino voltou a negar: "não foi ouvido sobre nada"


247 – "Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o Governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão", postou o governador do Maranhão, Flávio Dino, no Twitter ao saber que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu uma coletiva sobre a cepa indiana, sem procurar autoridades do Maranhão, onde ocorreram os primeiros casos.
Em resposta, o ministro da Saúde disse ter conversado com o secretário do Estado, Carlos Lula, e acusou Flávio Dino de politizar o tema: "Estranho, Vossa Excelência. Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus!".
A réplica de Dino foi ainda mais dura e novamente contestou a versão de Queiroga: "O secretário Carlos Lula não foi ouvido sobre nada. E claro que ele não se dispôs a ser enfeite em coletiva. Estamos sempre à disposição para diálogos sérios. E espero que o presidente da República ouça suas recomendações, passe a usar máscaras e evitar aglomerações".
Ministério da Saúde anuncia medidas contra a cepa indiana
O ministro da Saúde convocou uma entrevista coletiva neste sábado (22) para anunciar medidas para conter o contágio com a variante indiana. Entre as medidas, Queiroga comunicou o envio de 600 mil testes de COVID-19 ao Maranhão. O governo vai implementar barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e rodovias para conter a entrada da variante.
De acordo com o ministro da Saúde, todos os passageiros que passarem por aeroportos ou pelas fronteiras do estado precisarão fazer o teste rápido.
"Qualquer passageiro que apresentar um teste rápido positivo, fará um RT-PCR com pesquisa genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados e a conduta será a mesma", explicou Queiroga.
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