19/05/2022

“Negar importância de cotas é tão grave quanto negar a vacina”, diz Douglas Belchior

 


"Quem é contra cotas, quem questiona a necessidade política, histórica, social ou questiona os resultados é negacionista”, diz Douglas Belchior da Coalizão Negra por Direitos

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(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
 

247 - Durante participação no programa Giro das Onze, da TV 247, Douglas Belchior, da Coalizão Negra por Direitos e pré-candidato a deputado federal pelo PT, comentou o resultado de levantamento com alunos que ingressaram na USP por meio de cotas raciais e escolas públicas que aponta que o desempenho vem melhorando a cada ano, com a diferença para os demais alunos sendo gradativamente reduzida.

“Negar a importância da cota é tão grave e tão absurdo quanto negar a importância da vacina porque é negacionismo científico. Está provado cientificamente que cotas se justificam do ponto de vista político e ético e os resultados demonstram isso. Negar é negar a ciência. Quem é contra cotas, quem questiona a necessidade política, histórica, social ou questiona os resultados é negacionista”, afirmou.

Outro assunto abordado no programa foi a declaração do coronel Ronaldo Miguel Vieira, que assumiu o comando-geral da Polícia Militar de São Paulo, e disse que serão feitas abordagens a todos os motoqueiros como resposta à onda de assaltos cometidos por criminosos disfarçados de entregadores de aplicativos na capital paulista.

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“Em sua primeira declaração pública, ele disse que vai colocar a polícia militar para parar todos os motociclistas do Estado de São Paulo. Todos indiscriminadamente”, destacou Douglas. O comandante tenta dar resposta a assaltos que foram destaque na mídia nos últimos meses em que, segundo ele, “criminosos estão usando essa atividade como disfarce para cometer roubos”..

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“Para ser abordado numa esquina qualquer, você pode perguntar ao senhor policial porque está abordando e ele tem que responder porque. O que o novo comandante da polícia está fazendo é um crime. A nossa provocação a ele é: quando acontece - e acontece sempre - da policia militar entrar nas favelas e assassinar jovens negros, a polícia diz que são casos de exceção à regra e que, portanto, não responde a toda a ação da polícia. A nossa pergunta ao comandante geral da polícia é se todos os policiais são assassinos? Já que ele tira exceção como regra a gente pode fazer o mesmo. É um absurdo”, acrescentou.

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