A ministra do Supremo fez referência às denúncias de que Jair Bolsonaro avisou o ex-ministro Milton Ribeiro sobre uma operação da PF contra um esquema de corrupção no MEC
247 - A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou nesta terça-feira (28) que vê "gravidade" na suposta interferência de Jair Bolsonaro nas investigações de corrupção no Ministério da Educação. A juíza enviou para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido apresentado pelo deputado federal Israel Batista (PSB-DF) para que Bolsonaro seja investigado. "Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República", escreveu Cármen em despacho. A informação foi publicada nesta terça-feira (28) em reportagem do portal G1.
A Polícia Federal apura um esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação (MEC). De acordo com investigadores, membros da pasta liberavam dinheiro em troca de propina.
Em um áudio, Ribeiro afirmou a uma pessoa que Bolsonaro tinha avisado o ex-ministro sobre uma operação no MEC. Esposa do ex-ministro, Myrian Ribeiro disse a um interlocutor que o ex-titular da pasta "tava sabendo" com antecedência da realização da operação policial.
Investigadores iniciaram as apurações sobre corrupção no MEC após a divulgação de um áudio, em março, quando Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEA polícia prendeu Ribeiro, os dois pastores, o ex-assessor do MEC Luciano Musse, e Helder Bartolomeu, ex-assessor na Prefeitura de Goiânia e genro de Arilton.
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