26/06/2022

Em carta aberta emocionante, Jamil Chade defende indicação do padre Júlio Lancellotti para o prêmio Nobel da Paz

 


Jornalista afirma que se conceder o prêmio ao religioso, o Comitê do Nobel mandará a mensagem de que "a erradicação da pobreza é o caminho mais sólido, rápido e barato para a paz"

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(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
 

247 - O jornalista Jamil Chade usou sua coluna no UOL para divulgar uma carta-aberta defendendo a indicação do padre Júlio Lancellotti, para o prêmio Nobel da Paz de 2022. “Com suas marretadas, ele não apenas atende diariamente a centenas de pessoas em busca de alimentos e de um cobertor. Seu trabalho é também o de resgatar a dignidade daqueles que perderam tudo, inclusive a sensação de que fazem parte da humanidade”, escreve Chade em referência à luta do religioso na defesa da população de rua e no combate à fome.

“Hoje, diante de uma das piores crises sociais da história democrática do Brasil, um país que enche o peito para dizer que alimenta 1 bilhão de pessoas pelo mundo constata que 33 milhões de brasileiros passam fome”, diz o jornalista no texto. “No Brasil, portanto, não falta dinheiro. Mas estamos distantes da paz social e, nesta trilha repleta de desafios, lidar com a desigualdade e a pobreza será o maior ato de construção de uma comunidade de destino”, ressalta. 

Ainda segundo ele, “numa sociedade racista, injusta, segregacionista e violenta, padre Júlio simboliza uma resposta de esperança. Ao encarar a pobreza e suas correntes amarradas nos tornozelos de tantas pessoas, ele cumpre uma função crítica e corajosa pelas ruas abandonadas pelo estado, por parte da sociedade e pelo mercado”.

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“Dar um prêmio neste momento a uma pessoa que coloca a pobreza no centro de sua ação é mandar uma mensagem ao mundo de que esse é o único caminho viável se queremos a paz. Ao colocar sua máscara durante a pandemia e sair ao socorro da população de rua, padre Júlio ainda promove o resgate do significado do evangelizador e convoca a sociedade anestesiada a se indignar e agir”, acrescenta. 

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“Ao dar o prêmio ao padre Júlio Lancellotti, o Comitê do Nobel mandará uma mensagem poderosa de que a erradicação da pobreza não é uma opção. E sim o caminho mais sólido, rápido e barato para a paz. E a maior conquista da história da Humanidade”, finaliza.

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