15/07/2022

Auxílio Brasil de R$ 600 não compra uma cesta básica de 13 produtos

 


Sem medidas estruturais para auxiliar na queda dos preços dos alimentos e evitar o aumento dos juros, que pode fazer país entrar em recessão, fome dos mais pobres vai continuar

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Prato vazio (Foto: Reprodução)
 

CUT - Em 2020, o Auxílio Emergencial de R$ 600 foi uma conquista da CUT e da oposição para atender trabalhadores e trabalhadoras que estavam sem renda por causa da pandemia do novo coronavírus. O governo de Jair Bolsonaro (PL) queria que o auxílio fosse de, no máximo, R$ 200. A luta dos trabalhadores, com apoio da maioria dos deputados e senadores, elevou o valor para R$ 600, que era o quanto custava uma cesta básica em média no país naquele ano. Depois, quando precisou renovar o auxílio porque a pandemia não dava trégua, Bolsonaro baixou para R$ 400.

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Agora, a três meses da eleição e amargando o segundo lugar em todas as pesquisas de intenções de voto, que revelam a possibilidade até de o ex-presidente Lula (PT) ganhar no primeiro turno, Bolsonaro pressionou sua base aliada para votar a PEC do Desespero Eleitoral, que vai permitir ao governo gastar acima do teto, elevando o valor do auxilio para R$ 600 até dezembro, entre outras medidas que visam o voto dos brasileiros mais pobres.

Acontece que, ao contrário de 2020, hoje, os 13 produtos necessários à alimentação do povo brasileiro custam em média R$ 777 – um aumento de 23%. Em média, a cesta básica nos últimos 12 meses, teve um aumento de 20% nas capitais do país e o menor reajuste de 13% foi registrado em Curitiba, Paraná. 

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A atitude eleitoreira do presidente, portanto, não vai garantir que os mais pobres tenham comida suficiente à mesa.

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