17/01/2023

"Grande desafio" de Lula é enfrentar oposição 'via conspiração, fora do debate político', diz Trabuco, do Bradesco

 


Presidente do Conselho da Administração do Bradesco destacou a união nacional em torno da democracia após os atos terroristas em Brasília

www.brasil247.com - Luiz Carlos Trabuco Cappi e Lula
Luiz Carlos Trabuco Cappi e Lula (Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell | Valter Campanato/Agência Brasil)
 

247 - Presidente do Conselho da Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi afirmou ao Estado de S. Paulo que o "grande desafio" do presidente Lula (PT) será enfrentar uma oposição que não se dá "nos fóruns adequados", e sim via conspirações. 

"O presidente Lula tem a legitimidade assegurada pela sua própria eleição. Se ele enfrenta e, efetivamente enfrenta uma oposição, tem de ser exercida nos fóruns adequados e não em processos de conspiração, fora daquilo que é praxe do debate político", afirmou Trabuco, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. 

 
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Ele também falou sobre os atos terroristas promovidos por bolsonaristas no último dia 8, em Brasília, classificando-os como "lamentáveis". Para Trabuco, o episódio desencadeou uma união nacional em torno da democacia. "Por boa sorte, estão sendo investigados, a vida em Brasília voltou ao normal no dia seguinte e as demonstrações de união dos Três Poderes da República foram muito sólidas. Não só as reuniões que aconteceram no aspecto físico, mas no aspecto da simbologia. O sentimento de todos nós é que o episódio demonstrou uma harmonia na defesa da democracia". 

"Me lembro agora de uma frase que diz que a democracia é uma plantinha que tem de ser regada todos os dias. No mundo, existem fatores muito grandes de polarização que pressionam a democracia representativa como nós conhecemos, os Três Poderes. O que temos de fazer é apoiar e fortalecer as instituições da República. Curiosamente, o acontecido foi após a posse do presidente Lula e não podemos esquecer que Lula foi eleito, diplomado, e empossado. O que temos agora é de ir para frente, independentemente das posições políticas das pessoas. Vai requerer harmonia e mitigar os riscos da radicalização porque isso afeta o papel do Estado em geral", completou.

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