Chineses registram queda nos números de natalidade; Índia deve se tornar o país mais populoso do mundo em 2023
Brasil de Fato - A população da China encolheu em 850 mil pessoas em 2022, informou o Escritório Nacional de Estatísticas da China nesta terça-feira (17). Com 9,56 milhões de nascimentos, a taxa de natalidade no último ano caiu 9,98% na comparação com 2021 e o país teve sua primeira queda populacional desde 1961. A China tem 1,411 bilhão de habitantes.
Os dados demográficos têm impactos econômicos já que indicam uma diminuição da mão de obra disponível no mercado e um envelhecimento da população. A população em idade para trabalhar no país, entre 16 e 59 anos, é de 875,56 milhões de pessoas, o que representa 62% da população em 2022, comparado com 62,5% em 2021.
Para reverter a queda na natalidade, as autoridades chinesas apostam em políticas públicas. Em 2015, o país encerrou sua Política do Filho Único e agora também oferece incentivos financeiros para quem quiser ter até 3 filhos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a Índia deve ultrapassar a China neste ano e se tornar o país mais populoso do mundo. Ainda de acordo com a ONU, a população chinesa deve continuar encolhendo e o país terá 1,31 bilhão de habitantes em 2050.
Crescimento econômico abaixo do previsto
O PIB da China cresceu 3% em 2022, na comparação com 2021, de acordo com dados também publicados nesta terça-feira (17). A cifra é inferior ao previsto pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no início de 2022, quando um crescimento de "cerca de 5,5%" foi ventilado. Os números, todavia, são superiores ao que agências de dados estimavam.
Ainda sob impacto de medidas de isolamento social por conta da covid-19, que foram revertidas há poucos meses, o país teve em 2022 seu segundo pior crescimento econômico desde 1976. As cifras foram piores apenas em 2020, quando o PIB cresceu 2,3%.
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China, a atividade do varejo retraiu 0,2% na comparação entre 2022 e 2021, enquanto a produção industrial cresceu 1,3%.
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