Minuta do golpe encontrada na casa de Anderson Torres complica ainda mais a situação: "ele produziu provas contra ele. Essa minuta é uma prova concreta", alerta um dirigente do PL
247 - Partido de Jair Bolsonaro, o PL vê o cerco se fechando contra o ex-ocupante do Palácio do Planalto e considera real o risco de que ele seja declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por atentar contra o sistema democrático.
Um integrante do PL ouvido por Valdo Cruz, do g1, diz que Bolsonaro está cada vez mais isolado e que basicamente mantém apoio político apenas dentro do partido - mas até mesmo internamente ele já passou a ser alvo de questionamentos.
Este integrante cita como exemplo a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que não quis sair em defesa do aliado e afirmou que 'seu CPF é um e o de Bolsonaro é outro'
"Na avaliação do PL, Bolsonaro não deve escapar de uma condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter atentado contra o sistema democrático. O que, como consequência, tornaria o ex-presidente inelegível. Ao mesmo tempo, o partido considera improvável o cenário em que Bolsonaro venha a ser preso pelas condutas de incentivo aos atentados. A avaliação é de que uma prisão daria ao ex-presidente uma imagem de 'vítima', acirrando ainda mais os ânimos entre bolsonaristas radicais", diz a reportagem.
A mesma visão é compartilhada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que veem a inelegibilidade de Bolsonaro como medida que pode ser tomada de maneira mais célere, ao contrário da eventual prisão, que deve demorar.
Para aliados bolsonaristas, a minuta de decreto encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres e que visava anular o resultado das eleições, em um verdadeiro golpe de estado, é um complicador para a situação de Bolsonaro. "Ele produziu provas contra ele. Primeiro, no discurso. Agora, essa minuta é uma prova concreta", alerta um dirigente do PL.
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