'Mao Tsé-Tung, Hitler, Stálin, Fidel Castro e Lula, todos eles têm algo em comum. A vontade de desarmar o povo', afirmou Paulo Bilynskyj. 'Não é justa a alusão', disse Flávio Dino
247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, rebateu nesta terça-feira (11), em Brasília (DF), o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) por ter comparado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os líderes Mao Tsé-Tung (1893-1976), Hitler (1889-1945), Stálin (1978-1953) e Fidel Castro (1926-2016). O parlamentar criticou o maior controle do armamento anunciado pelo governo este ano.
"Mao Tsé-Tung, Hitler, Stálin, Fidel Castro e Lula, todos eles têm algo em comum. A vontade de desarmar o cidadão. Pergunto se Vossa Excelência acredita que o Estado tem capacidade de proteger todos os cidadãos", questionou o parlamentar.
O ministro respondeu. "Não é justa a alusão. A comparação histórica indevida em relação a certos personagens. Companhias que não têm nenhuma pertinência biográfica ou política com o presidente Lula. Segundo, porque não houve apreensão de armas legais, e sim de armas ilegais, milhares. E essas armas continuarão sendo apreendidas".
O titular da pasta disse que ele e seus aliados têm respeito pelo mercado de armas, mas defendeu mais controle. "Não é questão de governo, e sim de lei. Eu confio nas polícias. Acho que as polícias merecem confiança. Há pessoas que não confiam e desejam instaurar uma espécie de 'vale-tudo' no Brasil", acrescentou.
Acompanhe a audiência pública:
Objetivos na agenda
Oficialmente, Dino foi à Câmara falar sobre o controle de armas, dos atos golpistas do 8 de janeiro em Brasília (DF), da sua ida ao Complexo da Maré (RJ).
O ministro também falou em invasões de terras no País - Jornada Nacional de luta pela Reforma Agrária. São atos em memória e justiça pela ação violenta da Polícia Militar do Pará, em 17 de abril de 1996, de repressão a uma marcha de Sem Terra, que assassinou 21 trabalhadores rurais e deixou outras 69 pessoas mutiladas em um caso conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás (PA).
O titular da pasta afirmou que, em maio, membros do governo darão mais novidades acerca de uma proposta para o controle de armas no País. "Maio é o mês de referência".
Números do armamento
O Anuário de Segurança Pública informou que o número de pessoas com registros de armas de fogo aumentou 474% durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). As estatísticas são referentes às atividades de caçador, atirador desportivo e colecionador (CAC) até 1º de julho de 2022.
Em 28 de março de 2023, número oficiais apontaram que 81% das 762.365 armas de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), registradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), haviam sido recadastradas desde o começo do ano na Polícia Federal (PF). As mais de 613 mil armas recadastradas superaram a meta do governo, que era chegar a 80% de recadastramentos feitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário