15/04/2023

Justiça pelo assassinato cruel de Lindolfo Kosmaski

 



CHEGA DE VIOLÊNCIA

 Lindolfo 14.04

Depois de quase 2 anos do assassinato de Lindolfo Kosmaski, em São João do Triunfo, no sul paranaense, o acusado do crime cruel que tirou a vida desse jovem professor da rede estadual de ensino do Paraná, sindicalizado à sua entidade de classe (APP-Sindicato), militante camponês do MST e integrante de seu Coletivo LGBTQIA+, vai, enfim, a julgamento por júri popular. Assassinado de forma brutal no dia 1º de maio de 2021, as investigações dão conta de que Lindolfo foi vítima de um crime de ódio, praticado com requintes de crueldade, motivado pelo preconceito por sua orientação sexual.

O assassino, nesse transcurso de tempo de quase 2 anos desde que cometido esse odioso ato que ceifou a vida de uma pessoa de 25 anos de idade, tentou a todo momento confundir as investigações, ocultando até o seu relacionamento amoroso com Lindolfo. Ardiloso assim como no ato do crime praticado, o acusado que carbonizou o corpo da vítima para ocultar provas, continuou a tentar, de toda forma, no transcorrer das investigações, a dificultar o esclarecimento do crime. Mas de nada adiantou: a brutalidade a que Lindolfo foi submetido no dia de sua morte indica claramente um crime de ódio homofóbico e, por isso, deve ser condenado com todo o rigor da lei.

A LGBTFOBIA que tanto mata no Brasil deve ser enfrentada de frente por todos que lutam por uma sociedade livre de preconceitos de toda e qualquer ordem. Não podemos mais tolerar e ser condescendentes com crimes dessa natureza, sob pena de vermos aumentar ainda mais a incidência da brutalidade e crueldade que marcou a morte de Lindolfo.

Esse tipo de discriminação deve ser combatido com veemência para que crimes como esse nunca mais voltem a ocorrer no Brasil. Agendado para o próximo dia 18 de abril, o julgamento do acusado pela morte de Lindolfo deve indicar um crime de homicídio triplamente qualificado e, por isso, receber a pena máxima possível.

O Brasil está farto de tanta violência contra as pessoas LGBTQIA+, que têm direito a exercer livremente a sua orientação sexual e identidade de gênero, além de usufruir de seus corpos e desejos da forma que desejarem. Esse crime de ódio praticado contra Lindolfo não foi um caso isolado. O Brasil carrega a marca da violência contra as pessoas LGBTQIA+, que tem índices alarmantes da ocorrência desse tipo de violência. Não toleraremos e nem aceitaremos nunca isso!

Os/as educadores/as brasileiros/as se somam à luta por justiça nesse assassinato de Lindolfo e, certos da punição exemplar que esse caso deve ter, nos uniremos em vigília no próximo dia 18 de abril, em São João do Triunfo/PR, para exigir e cobrar a punição exemplar que esse caso merece.

Brasília, 14 de abril de 2023
Direção Executiva da CNTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário