A investigação pode respingar em Moro e outros políticos que contrataram os serviços de Catani, como o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e o deputado e ex-governador Beto Richa
247 - No final de março, o Ministério Público do Paraná iniciou a Operação Claquete, que tem como objetivo investigar possíveis crimes eleitorais cometidos por candidaturas em campanhas eleitorais de 2014, 2016 e 2018. A operação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e está concentrada na 3ª Zona Eleitoral do estado.
Como resultado, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Curitiba e um em Campo Magro. Dentre os objetos apreendidos pelos agentes, estão telefones celulares, tablets, computadores, documentos, valores em dinheiro, armas de fogo e drogas, informa o GGN. A operação investiga possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações e falsidade ideológica eleitoral.
Embora o processo corra em segredo de justiça, fontes ligadas ao caso afirmam que o ex-secretário estadual e municipal Marcelo Catani é um dos investigados. A investigação pode também incluir políticos que contrataram os serviços do ex-secretário para sua comunicação no setor público, como o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), o deputado federal e ex-governador Beto Richa (PSDB) e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que teve irregularidades apontadas nas contas de sua campanha eleitoral.
Além disso, outra questão que pode levar Moro a ser alvo de investigações é a alocação de Fábio Bento Aguayo, fundador e presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrapar) e apontado como lobista do setor hoteleiro, como seu assessor parlamentar em Curitiba. Em resumo, a Operação Claquete pode complicar a situação do marqueteiro Marcelo Catani e de outros políticos envolvidos nas investigações, incluindo o senador Sergio Moro.
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