Resolução Seduc número sobre 16 sobre o Perfil , habilidades, competências e bibliografia da Organização de Exames e Concursos para Professor da Rede Estadual
Saiu nas páginas 21-28 perfil de candidatos e bibibliografia de diversas disciplinas do concurso do estado. Veja parte por aqui:
Resolução SEDUC 16, de 5-5-2023
Dispõe sobre os perfis, competências e habilidades requeridos dos Professores de Ensino Fundamental e Médio, os referenciais bibliográficos e de legislação, que fundamentam e orientam a organização de exames, concursos e processos seletivos, e dá providências correlatas
O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou a Coordenadoria Pedagógica, a Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação “Paulo Renato Costa Souza” (EFAPE) e a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos, e considerando a importância da:
- sistematização dos requisitos mínimos que embasam os processos seletivos e os concursos públicos dos docentes na consolidação de um ensino público democrático e de qualidade;
- adoção de procedimentos operacionais de competitividade que concretizem princípios de igualdade e eficiência devidamente sintonizados com a natureza das atividades do cargo ou função docente da rede estadual de ensino,
Resolve:
Artigo 1º - Fica aprovado o Anexo, integrante desta resolução, que dispõe sobre o perfil, as competências e as capacidades técnicas a serem requeridos aos integrantes do Quadro do Magistério - QM/SE, no exercício de cargo de Professor de Ensino Fundamental e Médio, bem como sobre os referenciais bibliográficos, as publicações institucionais e a legislação, que versam sobre conhecimentos e capacidades mínimos, em consonância com as competências exigidas para o exercício desse cargo nos concursos e processos seletivos promovidos por esta Pasta.
Artigo 2º - Os requisitos acadêmicos e os atributos requeridos para o exercício de Professor de Ensino Fundamental e Médio implicam, obrigatoriamente, o domínio das competências, das habilidades, dos referencias bibliográficos e de legislação prevista no Anexo desta Resolução.
Artigo 3º - Os subsídios para o aprofundamento das capacidades, conhecimentos e atitudes requeridos nos termos desta resolução serão propostos em Curso Específico para Professor de Ensino Fundamental e Médio, na organização dos processos avaliativos e nas ações formativas previstas em legislação.
Artigo 4º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário e, em especial, Resolução SE 52, de 14-8-2013. ANEXO a que se refere o artigo 1º da Resolução SEDUC nº 16, de 5-5-2023.
PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO I
- PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM A AÇÃO DO PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. COMPROMISSO COM UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE A rede estadual de educação pública do estado de São Paulo, uma das maiores instituições de educação básica do país, atende cerca de 3,5 milhões de estudantes, apresentando assim os mais variados contextos educacionais. As potencialidades e os desafios de uma rede de ensino tão ampla demandam a necessidade de um Professor de Ensino Fundamental e Médio com perfil profissional de compromisso com uma educação de qualidade, com os princípios e fins da educação nacional asseverados pelas Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e com as políticas públicas educacionais do Estado de São Paulo.
O compromisso é que guiará a ação do profissional em direção à eficiência, à eficácia e à efetividade no âmbito de suas atividades, elementos indissociáveis da carreira do professor.
O Professor de Ensino Fundamental e Médio que atuará na rede estadual de educação pública do estado de São Paulo estará enquadrado nos Planos de Carreira e Remuneração instituído pela Lei Complementar 1374 de 30 de março de 2022, posto isto, a evolução funcional se dará exclusivamente mediante ao seu desenvolvimento e desempenho de acordo com as respectivas trilhas da carreira. Desse modo, é essencial que o professor assuma a responsabilidade do seu autodesenvolvimento, valorizando a formação permanente para o exercício profissional e o aprimoramento da sua prática, apropriando-se de novos conhecimentos e experiências que lhe possibilitem encontrar e criar soluções que contribuam para melhorar a qualidade das aprendizagens dos estudantes.
Educação
GABINETE DO SECRETÁRIO
Resolução SEDUC 16, de 5-5-2023
Dispõe sobre os perfis, competências e habilidades
requeridos dos Professores de Ensino Fundamental e Médio, os referenciais
bibliográficos e de legislação, que fundamentam e orientam
a organização de exames, concursos e processos seletivos, e
dá
providências correlatas
O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou
a Coordenadoria Pedagógica, a Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação “Paulo Renato Costa
Souza” (EFAPE) e a Coordenadoria de Gestão de Recursos
Humanos, e considerando a importância da:
- sistematização dos requisitos mínimos que embasam os
processos seletivos e os concursos públicos dos docentes na
consolidação de um ensino público democrático e de
qualidade;
- adoção de procedimentos operacionais de competitividade
que concretizem princípios de igualdade e eficiência devidamente sintonizados
com a natureza das atividades do cargo ou
função docente da rede estadual de ensino,
Resolve:
Artigo 1º - Fica aprovado o Anexo, integrante desta
resolução, que dispõe sobre o perfil, as competências e as capacidades
técnicas a serem requeridos aos integrantes do Quadro do
Magistério - QM/SE, no exercício de cargo de Professor de
Ensino Fundamental e Médio, bem como sobre os referenciais bibliográficos, as
publicações institucionais e a legislação, que versam
sobre conhecimentos e capacidades mínimos, em consonância
com as competências exigidas para o exercício desse cargo
nos concursos e processos seletivos promovidos por esta
Pasta.
Artigo 2º - Os requisitos acadêmicos e os atributos
requeridos para o exercício de Professor de Ensino Fundamental e
Médio implicam, obrigatoriamente, o domínio das
competências,
das habilidades, dos referencias bibliográficos e de
legislação
prevista no Anexo desta Resolução.
Artigo 3º - Os subsídios para o aprofundamento das
capacidades, conhecimentos e atitudes requeridos nos termos desta
resolução serão propostos em Curso Específico para Professor
de Ensino Fundamental e Médio, na organização dos processos
avaliativos e nas ações formativas previstas em legislação.
Artigo 4º - Esta resolução entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário e, em
especial, Resolução SE 52, de 14-8-2013.
ANEXO
a que se refere o artigo 1º da Resolução SEDUC nº 16, de
5-5-2023.
PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
I - PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM A AÇÃO DO PROFESSOR DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1. COMPROMISSO COM UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
A rede estadual de educação pública do estado de São
Paulo, uma das maiores instituições de educação básica do
país,
atende cerca de 3,5 milhões de estudantes, apresentando
assim
os mais variados contextos educacionais. As potencialidades
e os desafios de uma rede de ensino tão ampla demandam a
necessidade de um Professor de Ensino Fundamental e Médio
com perfil profissional de compromisso com uma educação
de qualidade, com os princípios e fins da educação nacional
asseverados pelas Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e com as políticas
públicas educacionais do Estado de São Paulo. O compromisso
é que guiará a ação do profissional em direção à eficiência,
à
eficácia e à efetividade no âmbito de suas atividades,
elementos
indissociáveis da carreira do professor.
O Professor de Ensino Fundamental e Médio que atuará na
rede estadual de educação pública do estado de São Paulo
estará enquadrado nos Planos de Carreira e Remuneração instituído
pela Lei Complementar 1374 de 30 de março de 2022, posto
isto,
a evolução funcional se dará exclusivamente mediante ao seu
desenvolvimento e desempenho de acordo com as respectivas
trilhas da carreira. Desse modo, é essencial que o professor
assuma a responsabilidade do seu autodesenvolvimento,
valorizando a formação permanente para o exercício profissional
e o aprimoramento da sua prática, apropriando-se de novos
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem encontrar
e
criar soluções que contribuam para melhorar a qualidade das
aprendizagens dos estudantes.
Nesses termos, a ação
do profissional na rede estadual de
ensino, deve ser mobilizada por constante busca por melhoria
do processo de ensino e aprendizagem, tendo como base os
fundamentos pedagógicos do Currículo Paulista, a saber: o
compromisso com a Educação Integral, o compromisso com o desenvolvimento de
competências, o compromisso com o letramento
e os (multi)letramentos em todas as áreas do conhecimento, o
estímulo e o apoio à construção do Projeto de Vida dos
estudantes, a concepção do estudante como consumidor e produtor de
tecnologia e do entendimento do processo avaliativo a
serviço
das aprendizagens de todos os estudantes. A seguir, a
síntese
destes fundamentos relacionados à prática pedagógica
docente.
- O compromisso com a Educação Integral, é a base da
formação de todos os estudantes da rede estadual de ensino e
consiste no trabalho pedagógico intencional direcionado para
o
desenvolvimento das dimensões intelectual (cognitiva),
física,
socioemocional e cultural dos estudantes, os quais devem ser
reconhecidos, pelo profissional da educação, dentro de suas
singularidades, diversidades e culturas, como também,
sujeitos
de aprendizagem com potenciais de criar formas de existir.
Essas
dimensões estão integradas nas competências e habilidades
essenciais elencadas como necessárias para a atuação do
estudante na sociedade contemporânea. Por conseguinte, as
práticas pedagógicas devem ser refletidas e planejadas
levando
em consideração as necessidades de desenvolvimento integral
dos estudantes.
- O compromisso com o desenvolvimento de competências.
O Currículo Paulista, em consonância com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), define as competências gerais que
devem ser desenvolvidas ao longo da educação básica, além
das
competências específicas por área de conhecimento e as
explicitam aos profissionais da educação, junto com as habilidades
essenciais. As competências gerais enfatizam a necessidade
de
desenvolvimento de competências socioemocionais, essas são
articuladas e indissociáveis das competências cognitivas.
Por competência entende-se “a mobilização de conhecimentos
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas,
cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da
cidadania e do mundo do trabalho”
Espera-se do Professor de Ensino Fundamental e Médio, que
ele esteja preparado para articular estratégias e
conhecimentos
que permitam desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais em seus estudantes, considerando as especificidades
de cada um e estimulando-os em direção ao máximo
desenvolvimento possível.
- O compromisso com o letramento e os (multi)letramentos
em todas as áreas de conhecimento. Letramento e os (multi)
letramentos são conceitos e práticas relacionados às
multiplicidades de linguagens e suas utilizações e significações nas diversas
práticas sociais contemporâneas, bem como, às habilidades
de leituras, análises críticas e produção de textos que
envolvem
as linguagens verbal, a não-verbal e a multimodal, presentes
nos diferentes gêneros que circulam nas mais diferentes
esferas
da atividade humana. O trabalho pedagógico intencional com
estas práticas relacionando-as às aprendizagens de outras
áreas
do conhecimento, potencializa a participação, autoria e
protagonismo dos estudantes nas práticas sociais mediadas pela leitura,
escrita e outras formas de expressão.
- Compromisso com o estímulo e o apoio à construção
do Projeto de Vida dos estudantes. Tendo como foco o
protagonismo e a formação integral dos estudantes o processo de
construção do Projeto de vida deve ser apoiado pelo conjunto
de práticas escolares, no sentido de proporcionar o
desenvolvimento do autoconhecimento, criando condições e espaços para
os estudantes atingirem seus objetivos, aprenderem a
planejar,
a definirem metas, a se organizarem para alcançá-las de modo
a poderem identificar suas aspirações, bem como, as
potencialidades e desafios para concretizá-las - aspectos relacionados à
Competência Geral 6 do Currículo Paulista.
- Compromisso com a Educação Digital Escolar: o estudante
como consumidor e produtor de tecnologia – O Currículo
Paulista, observando as necessidades do século XXI, onde constata-se
a inserção de tecnologias em diferentes âmbitos da vida dos
estudantes, evidencia a importância de assegurar o
desenvolvimento de competências e habilidades, relacionadas ao mundo e
cultura digital, voltadas à resolução de situações problema,
ao
estímulo ao protagonismo, à autoria, como também, a
constituição de uma postura ética, crítica, criativa e responsável. Desta
forma, a concepção do estudante como consumidor e produtor
de tecnologia é contemplada em todos os componentes
curriculares, na medida em que é estimulado ao letramento digital e
informacional, ao uso das Tecnologias Digitais de Informação
e
Comunicação (TDIC), Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC) e ao pensamento computacional. Portanto, é importante
que o professor compreenda aspectos relacionados ao mundo e
cultura digital e demonstre conhecimento de variados
recursos
associados às TDIC e TIC, capazes de envolver cognitivamente
e
emocionalmente os estudantes em seus aprendizados.
- Compromisso com a Educação Inclusiva
Os fundamentos pedagógicos do Currículo Paulista são
indissociáveis da perspectiva da educação inclusiva,
considerando os princípios e fins da educação nacional posto pela LDBEN
nº 9.394/96. Nessa perspectiva, o Currículo Paulista indica
que
para superação das desigualdades educacionais é necessário
foco na equidade, ou seja, compreender e respeitar as
diferenças
e estar atento às especificidades pedagógicas do público de
estudantes que se atende, fatores indispensáveis para a
promoção de igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola e para melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
É imperioso reconhecer, dentro da atuação profissional, a
vasta pluralidade de perfis de estudantes no território
estadual
relativos aos aspectos psíquicos, físicos, sociais,
étnico-raciais,
culturais e econômicos. Assim sendo, é dever dos
profissionais
da educação conhecer as especificidades e características de
seus estudantes (o que pensam, o que sabem, suas vivências,
experiências, formas e maneiras de aprender) e da comunidade
escolar, de modo a viabilizar estratégias pedagógicas que
contribuam para uma aprendizagem eficaz e com altas expectativas.
À vista disso, espera-se do Professor de Ensino Fundamental
e Médio um perfil profissional capaz de fornecer respostas
pedagógicas adequadas e contextualizadas aos ambientes
de pluralidade social, cultural e étnico-racial, às modalidades
de ensino (Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos,
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação
Escolar Quilombola) e aos atendimentos escolares específicos
e
especializados (atendimento socioeducativo, educação
prisional,
classe hospitalar e atendimento domiciliar).
- Compromisso com o processo de avaliação a serviço
das aprendizagens de todos os estudantes – A avaliação deve
ser entendida como um recurso pedagógico que acompanha
a progressão das aprendizagens, de forma que disponibiliza
informações acerca das aprendizagens dos estudantes e da
própria prática pedagógica, subsidiando a análise do
processo
de ensino para eventuais mudanças e adequações nas práticas
pedagógicas. Assim sendo, a avaliação integra e constitui um
espaço crítico-reflexivo e pode servir de autoavaliação da
prática
docente, visto que, à luz da aprendizagem de seus
estudantes,
possibilita o professor identificar suas próprias
necessidades de
desenvolvimento profissional.
Diante do exposto, compreende-se que construir condições
favoráveis à constante melhoria do aprendizado, em direção
à criação e consolidação de uma cultura de altas
expectativas
sobre as possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento de
todos os estudantes, exige do profissional tarefas complexas
e
específicas que requerem contínuo desenvolvimento e
fortalecimento de saberes e práticas próprias da profissão, relacionados
à gestão de sala de aula, ao conhecimento pedagógico do
conteúdo, ao uso das metodologias de ensino, à compreensão da
importância do trabalho colaborativo entre pares e às
necessidades de seus estudantes. Nesse sentido, tem-se como parâmetro,
a matriz de competências profissionais (gerais e
específicas)
indicadas com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para
a Formação Continuada de Professores da Educação Básica.
Este documento se configura como eixo norteador para todas
as políticas e programas educacionais voltados ao efetivo
aprimoramento e fortalecimento da profissão docente no país
e
estabelece o que se espera do exercício profissional do
professor,
ou seja, quais conhecimentos e saberes práticos o integram.
A seguir, apresentam-se as Competências Gerais Docentes:
1. Compreender e utilizar os conhecimentos historicamente
construídos para poder ensinar a realidade com engajamento
na aprendizagem do estudante e na sua própria aprendizagem,
colaborando para a construção de uma sociedade livre, justa,
solidária, democrática e inclusiva.
2. Pesquisar, investigar, refletir, realizar análise
crítica, usar a
criatividade e buscar soluções para selecionar, organizar e
planejar práticas pedagógicas desafiadoras, coerentes e significativas.
3. Conhecer e difundir as diversas manifestações artísticas
e culturais, tanto locais quanto mundiais, e a participação
em
práticas diversificadas da produção artístico-cultural para
que o
estudante possa ampliar seu repertório cultural.
4. Conhecer e se apropriar de diferentes linguagens -
verbal,
corporal, visual, sonora e digital - para se expressar e
fazer com
que o estudante amplie seu modelo de expressão ao partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes
contextos, produzindo sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e
ética nas diversas práticas docentes, como recurso
pedagógico e
como ferramenta de formação, para comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas
e potencializar as aprendizagens.
6. Valorizar a formação permanente para o exercício
profissional, buscar atualização na sua área e afins, apropriar-se de
novos conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
aperfeiçoamento profissional e eficácia e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania, ao seu projeto de vida, com
liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Desenvolver argumentos com base em fatos, dados
e informações científicas para formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns, que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental,
o
consumo responsável, em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
emocional, compreendendo-se na diversidade humana,
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com estas, desenvolver o autoconhecimento e o
autocuidado nos estudantes.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos
e
a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito
ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização
da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza, para promover ambiente colaborativo nos
locais de aprendizagem.
10. Agir e incentivar, pessoal e coletivamente, com
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência, a abertura
a diferentes opiniões e concepções pedagógicas, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos,
sustentáveis e solidários, para que o ambiente de
aprendizagem
possa refletir esses valores.
(Baseado na Resolução
CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de
2020 - Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais
para
a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e
institui a Base Nacional Comum para a Formação Continuada
de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada)
As competências específicas profissionais indicadas na BNC
– Formação Continuada, as quais integram conhecimentos e
saberes práticos articulando a aprendizagem, conteúdo e
ensino,
estão estruturadas em três dimensões que são indissociáveis
e interdependente: Conhecimento profissional; Prática
profissional; e Engajamento profissional. Seguem as Competências
Específicas organizadas por áreas:
Competência 1 – Área do Conhecimento e de Conteúdo
Curricular
1.1- Dominar os conteúdos das disciplinas ou áreas de
conhecimento em que atua e conhecer sobre a sua lógica
curricular
1.2- Planejar e desenvolver sequências didáticas, recursos
e ambientes pedagógicos, de forma a garantir aprendizagem
efetiva de todos os alunos
1.3- Fortalecer e comprometer-se com uma cultura de altas
expectativas acadêmicas, de sucesso e de eficácia escolar
para
todos os alunos
1.4- Fortalecer e comprometer-se com uma cultura de altas
expectativas acadêmicas, de sucesso e de eficácia escolar
para
todos os alunos Competência 2 - Área Didática-Pedagógica
2.1- Conhecer como planejar o ensino, sabendo como
selecionar estratégias, definir objetivos e aplicar avaliações
2.2- Planejar o ensino, elaborando estratégias, objetivos
e avaliações, de forma a garantir a aprendizagem efetiva dos
alunos
2.3- Incentivar a colaboração profissional e interpessoal
com o objetivo de materializar objetivamente o direito à
educação de todos os alunos
2.4- Demonstrar altas expectativas sobre as possibilidades
de aprendizagem e desenvolvimento de todos os alunos
procurando sempre se aprimorar por meio da investigação e do
compartilhamento
Competência 3 - Área de Ensino e Aprendizagem para
todos os Alunos
3.1- Conhecer sobre os alunos, suas características e como
elas afetam o aprendizado, valendo-se de evidências
científicas
3.2-Viabilizar estratégias de ensino que considerem as
características do desenvolvimento e da idade dos alunos e
assim, contribuam para uma aprendizagem eficaz
3.3- Apoiar a avaliação e a alocação de alunos em
instituições educacionais, turmas e equipes, dimensionando as necessidades e
interagindo com as redes locais de proteção social
3.4- Utilizar ferramentas pedagógicas que facilitem uma
adequada mediação entre os conteúdos, os alunos e as
particularidades culturais e sociais dos respectivos contextos de
aprendizagem
Competência 4- Área sobre o Ambiente Institucional e o
Contexto Sociocultural
4.1-Conhecer o ambiente institucional e sociocultural do
contexto de atuação profissional
4.2- Interagir com alunos, suas famílias e comunidades,
como base para construir laços de pertencimento, engajamento
acadêmico e colaboração mútua
4.3- Contribuir para o desenvolvimento da administração
geral do ensino, tendo como base as necessidades dos alunos
e do contexto institucional, e considerando a legislação e a
política regional
4.4- Atuar profissionalmente no seu ambiente institucional,
observando e respeitando normas e costumes vigentes em cada
contexto e comprometendo-se com as políticas educacionais
Competência 5 - Área sobre o Desenvolvimento e
Responsabilidades Profissionais
5.1- Autoconhecer-se para estruturar o desenvolvimento
pessoal e profissional
5.2- Instituir prática de autoavaliação, à luz da
aprendizagem de seus alunos, a fim de conscientizar-se de suas próprias
necessidades de desenvolvimento profissional
5.3- Planejar seu desenvolvimento pessoal e sua formação
continuada, servindo-se dos sistemas de apoio ao trabalho
docente
5.4- Investir no aprendizado constante, atento à sua saúde
física e mental, e disposto a ampliar sua cultura geral e
seus
conhecimentos específicos
Sabe-se que o professor não inicia sua carreira competente
em todas as dimensões da profissão, mas é desejável que
esteja
preparado para ser um bom iniciante em condições suficientes
para lidar com as complexidades da sala de aula nos diversos
contextos educacionais com responsabilidade profissional e
de maneira ética. Espera-se que ele tenha o compromisso de
continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo de seu
caminho profissional, colaborando para uma educação pública
de qualidade e para a construção de uma sociedade livre,
justa,
democrática e inclusiva.
2. BIBLIOGRAFIA
LIVROS E ARTIGOS
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tecnologias e a produção de narrativas digitais. Currículo
Sem
Fronteiras, s. l., v.12, n. 3, p. 57-82, set./dez. 2012.
Disponível
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2. ALMEIDA, Silvio; Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen,
2017.
3. ARAÚJO, Ulisses F.; ARANTES, Valéria; PINHEIRO, Viviane.
Projetos de vida: fundamentos psicológicos, éticos e
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educacionais. São Paulo: Summus, 2020.
4. BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando
de Mello (Org.) Ensino híbrido: personalização e tecnologia
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10. ______, Doug - Daros, Thuinie. Aula Nota 10 - 3.0: 63
Técnicas para Melhorar a Gestão da Sala de Aula. 3ª. Edição.
Porto Alegre: Editora: Penso, 2023.
11. ROJO, R.H.R. Pedagogia dos Multiletramentos. In: ROJO,
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12. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional.
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paredes”. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.).
Metodologias
ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-
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14. ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Métodos para Ensinar
Competências. Cap. 1 e 2. Porto Alegre: Penso, 2020.
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- 2011 - Disponível em: https://midiasstoragesec.
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http://www.educacao.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/342.pdf
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Ensino Fundamental - https://efape.educacao.sp.gov.br/
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https://efape.educacao.sp.gov.
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10. SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Política de Educação
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http://files.livro-de-lemas.webnode.
com/200000047-c801fc8fac/reflexoes_eja.pdf.
LEGISLAÇÃO
1. BRASIL. Lei nº 7.398, de 4 de novembro de 1985. Dispõe
sobre a organização de entidades representativas dos
estudantes de 1º e 2º graus e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7398.htm
2. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe
sobre o Estatuto da Criança do Adolescente e dá outras
providências (Artigos 1º a 6º; 15 a 18-B; 60 a 69). (Alterada pelas Leis
nºs 23.010/14 e 13.257/16) e Lei nº 14.344, de 2022
Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
3. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (Alterada pelas
Leis nºs 9.475/97; 10.287/01; 10.328/01; 10.639/03;
10.709/03;
10.793/03; 11.114/05; 11.183/05; 11.274/06; 11.301/06;
11.330/06; 11.331/06; 11.525/07; 11.632/07; 11.645/08;
11.684/08; 11.700/08; 11.741/08; 11.769/08; 11.788/08;
12.013/09; 12.014/09; 12.020/09; 12.056/09; 12.061/09;
12.287/10; 12.416/11 e 12.472/11; 12.603/12; 12.608/12;
12.796/13; 12.960/14; 13.006/14; 13.010/14; 13.168/15;
13.174/15 e 13.184/15; 13.234/15; 13.278/16; 13.415/17;
13.490/17; 13.632/18; 13.663/18; 13.666/18; 13.716/18. Lei
nº 13.796/19, Lei nº 14.191/2021, Lei nº 14.164/ 2021, Lei
nº
14.333/2022; Lei nº 14.407/2022; Lei nº 14.533/2023
Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
4. BRASIL. Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012 Estabelece
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/
rcp001_12.pdf
5. 5.BRASIL. Resolução nº1, de 27 de outubro de 2020 Dispõe
sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação
Continuada de Professores da Educação Básica e institui a
Base
Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores
da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2020-pdf/164841-
-rcp001-20/file;
6. SÃO PAULO - Lei 15.667, de 12 de janeiro de 2015 –
Dispõe sobre a criação, organização e atuação dos grêmios
estudantis nos estabelecimentos de ensino fundamental e
médio
públicos e privados. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/
repositorio/legislacao/lei/2015/lei-15667-12.01.2015.html
7. SÃO PAULO. Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de
1985. alterada pela Lei Complementar nº 1.374, de
30/03/2022 Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Paulista e
dá
providências correlatas. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.
br/repositorio/legislacao/lei.complementar/1985/lei.complementar-444-27.12.1985.html
8. SÃO PAULO. Lei Complementar nº 1.374, de 30/03/2022
Institui Planos de Carreira e Remuneração para os
Professores
de Ensino Fundamental e Médio, para os Diretores Escolares e
para os Supervisores Educacionais da Secretaria da Educação,
altera a Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 e nº 500,
de
13 de novembro de 1974, as Leis Complementares nº 444, de
27 de dezembro de 1985, nº 506, de 27 de janeiro de 1987,
nº 669, de 20 de dezembro de 1991, nº 679, de 22 de julho
de 1992, nº 687, de 07 de outubro de 1992, nº 836, de 30 de
dezembro de 1997, nº 1.018, de 15 de outubro de 2007, nº
1.041, de 14 de abril de 2008, nº 1.144, de 11 de julho de
2011
e nº 1.256, de 6 de janeiro de 2015, revoga as Leis
Complementares nº 744, de 28 de dezembro de 1993, nº 1.164 de 04 de
janeiro de 2012, e nº 1.191 de 28 de dezembro de 2012, e dá
providências correlatas. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.
br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2022/lei.complementar137430.03.2022.html#:~:text=Institui%20Planos%20de%20
Carreira%20e,444%2C%20de%2027%20de%20dezembro
9. SÃO PAULO. Lei nº 16.279, de 08 de julho de 2016.
Aprova o Plano Estadual de Educação de São Paulo e dá outras
providências. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2016/lei-16279-08.07.2016.html
10. SÃO PAULO. Decreto nº 55.588, de 17 de março de 2010.
Dispõe sobre o tratamento nominal das pessoas transexuais
e travestis nos órgãos públicos do Estado de São Paulo e dá
providências correlatas. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.
br/repositorio/legislacao/decreto/2010/decreto555887.03.2010.
html
11. SÃO PAULO. Decreto nº 57.571, de 2 de dezembro de
2011. Institui, junto à Secretaria da Educação, o Programa
Educação - Compromisso de São Paulo e dá providências correlatas.
(Com as alterações introduzidas pelo Decreto nº 57.791/12)
Disponível em: www.escoladeformacao.sp.gov.br.
12. SÃO PAULO. Decreto nº 59.354, de 15 de julho de
2013. Dispõe sobre o Programa Ensino Integral de que trata a
Lei Complementar nº 1.164, de 4 de janeiro de 2012, alterada
pela Lei Complementar nº 1.191, de 28 de dezembro de 2012.
Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/
decreto/2013/decreto5935415.07.2013.html
II - PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - LÍNGUA
PORTUGUESA
1. PERFIL
Espera-se que (a) professor(a) de Língua Portuguesa tenha
o domínio: da língua materna, da literatura, da estrutura
gramatical, das diferentes linguagens (literária, visual
etc.)
das metodologias de ensino da Língua Portuguesa, de forma
a possibilitar a construção de saberes, fazeres e
significados,
que levem os estudantes a compartilhar conhecimentos da
língua e da literatura; a vivenciar experiências que
contemplem
as dimensões sociais; a conhecer textos e as circunstâncias
de sua aplicação nos vários campos de atuação humana,
correspondentes à vida pessoal e pública, às práticas de estudo/
pesquisa, às produções artístico-literárias e relacionadas
ao
campo jornalístico-midiático.
As práticas de linguagem, desenvolvidas em Língua
Portuguesa, devem dialogar diretamente com todos os componentes,
ampliando a construção de uma integração para a área de
Linguagens e suas Tecnologias. O estudo dos gêneros textuais
de acordo com os diferentes campos de atuação ou esferas
sociais em que o estudante está incluído, bem como o
trabalho
centrado na contextualização de forma articulada quanto ao
uso
da língua em seu sentido social, devem ser priorizadas.
Espera-se que o professor oportunize em suas práticas o
favorecimento do aprofundamento dos estudos relacionados ao
desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas
à área, as quais subsidiem o projeto de vida do estudante e
possibilitem a ampliação dos saberes por meio de uma visão
ampla e heterogênea de mundo, oferecendo-lhes o instrumental
necessário para a tomada de decisões e possibilidades de
agir
com melhor desenvoltura nas mais diversas situações, tanto
na
escola como no trabalho, considerando as relações sociais e
cotidianas na construção do repertório sociocultural, considerando
seus conhecimentos prévios.
Esse cenário dialoga com o que preconiza o Currículo
Paulista no que se refere “a uma formação humana integral no
contexto das experimentações básicas de linguagens, ao
aprimoramento constante de saberes apreendidos durante a vida”.
2. CONHECIMENTO
* Do fenômeno linguístico e literário nas dimensões
discursiva, semântica, gramatical, textual e pragmática.
* Dos vários níveis dos textos escritos e falados, em que
se manifestam as marcas de variação linguística, relativas
aos
fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos, às
diferenças entre a linguagem oral e a escrita, à seleção de registro
em situação interlocutiva (formal, informal).
* Das múltiplas possibilidades de construção de sentidos,
em situações de produção e recepção textuais.
* Da construção de intertextualidades pela análise do tema,
da estrutura composicional e do estilo de objetos culturais
em
diferentes linguagens, tais como: obra literária, pintura,
escultura, fotografia e textos do universo digital.
* Do uso de recursos linguísticos expressivos em textos,
relacionando esses recursos às intenções do enunciador.
* Da articulação de conhecimentos prévios e informações
textuais, inclusive as que dependem de pressuposições e
inferências (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para
explicar ambiguidades, ironias e expressões figuradas,
opiniões
e valores implícitos, bem como as intenções do
enunciador/autor.
* De diferentes discursos, em língua falada e em língua
escrita, observando sua estrutura, sua organização e seu
significado relacionado às condições de produção e recepção.
* Da literatura associada à teoria e à crítica literária.
* De textos literários e intertextualidade (gêneros, temas e
representações) nas obras da literatura em língua portuguesa.
* Dos pressupostos teóricos que embasam os conceitos
fundantes da disciplina de Língua Portuguesa na práxis
didática
dos processos de ensino e de aprendizagem
s envolvidos, os materiais pedagógicos, as metodologias
adequadas e os procedimentos de avaliação.
* Dos pressupostos teóricos de Língua e Literatura para a
Educação Básica.
* Da expressão literária popular e os modos de representação
linguística do imaginário coletivo e da cultura.
* Dos multiletramentos em sua prática social.
* Das diferentes experiências didáticas para solucionar
problemas de ensino e de aprendizagem de produção de texto
escrito na escola, justificando os elementos relevantes e as
estratégias utilizadas.
* Das diferentes teorias e métodos de leitura, em análise de
casos, para resolução de problemas relacionados ao ensino e
à
aprendizagem de leitura na escola.
* Das tecnologias diversas (materiais físicos e digitais),
para aplicação em diferentes experiências de ensino e de
aprendizagem de Língua e Literatura, reconhecendo os elementos
relevantes e as estratégias adequadas.
* Das situações didáticas, envolvendo a Língua, a Literatura
e todos os tipos de linguagem, que favoreçam a autonomia, a
liberdade e a sensibilidade do estudante.
* Das variações linguísticas dissociadas de atitudes
preconceituosas e discriminatórias.
3. CAPACIDADE
* Compreender e problematizar o fenômeno linguístico
e o literário nas dimensões discursiva, semântica,
gramatical,
textual e pragmática.
* Estabelecer relações entre diferentes teorias sobre a
linguagem, reconhecendo a pluralidade da natureza, da gênese e
da função de formas de expressão verbais e não verbais.
* Reconhecer a língua em sua dimensão histórica, como
fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e de
experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e
agir na vida social, com base na análise de sua constituição
e
representação simbólica.
* Reconhecer, nos vários níveis dos textos escritos e
falados,
em que se manifestam as marcas de variação linguística,
relativas aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos;
às diferenças entre a linguagem oral e a escrita; à seleção
de
registro em situação interlocutiva (formal, informal).
* Analisar as implicações discursivas decorrentes de
possíveis relações estabelecidas entre forma e sentido, por meio
de recursos expressivos (utilização de recursos sintáticos,
morfológicos, lexicais), que permitam alterar o sentido explícito e
implícito do texto, para expressar diferentes pontos de
vista
coesos e coerentes.
* Reconhecer as múltiplas possibilidades de construção de
sentidos, em situações de produção e recepção textuais.
* Identificar e justificar o uso de recursos linguísticos
expressivos em textos, relacionando-os às intenções do
enunciador.
* Articular conhecimentos prévios e informações textuais,
inclusive as que dependem de pressuposições e inferências
(semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para
explicar
ambiguidades, ironias e expressões figuradas, opiniões e
valores
implícitos, bem como as intenções do enunciador/autor.
* Analisar, comparar e justificar os diferentes discursos,
em
língua falada e em língua escrita, observando sua estrutura,
sua organização e seu significado relacionado às condições
de
produção e recepção.
* Construir sentido pela comparação entre textos,
estabelecendo relações intertextuais, a partir de diferentes linguagens:
literárias, pictóricas, esculturais, fotográficas, digitais.
* Analisar criticamente as obras literárias.
* Reconhecer os pressupostos teóricos que embasam os
conceitos fundantes da disciplina na práxis didática dos
processos de ensino e de aprendizagem, informações linguísticas,
literárias e culturais, estabelecendo relações entre
linguagem
e cultura.
* Comparar situações de uso da língua em diferentes
contextos históricos, sociais e espaciais.
* Reconhecer as variedades linguísticas existentes e os
vários níveis dos registros de linguagem.
* Relacionar o texto literário às concepções dominantes na
cultura do período em que foi escrito.
* Reconhecer formas e modos de representação linguística
do imaginário coletivo e da cultura.
* Identificar as características de textos em linguagens
verbais e não verbais, analisando e comparando suas
especificidades na transposição de uma para outra.
* Analisar criticamente pressupostos teóricos de Língua e
Literatura para a Educação Básica.
* Reconhecer e respeitar a existência de variedades
linguísticas dissociadas de atitudes preconceituosas e discriminatórias.
4. BIBLIOGRAFIA
LIVROS
1. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico. São Paulo:
Parábola, 2015.
2. BAKTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 6. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2011.
3. BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira.
50.
ed. São Paulo: Cultrix, 2015.
4. BRUGIONI, Elena. Literaturas africanas comparadas:
paradigmas críticos e representações em contraponto. Campinas:
UNICAMP, 2019.
5. CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 13. ed. São
Paulo: Ouro sobre Azul, 2014.
6. CATANI, Afrânio Mendes; GILIOLI, Renato de Souza.
Culturas Juvenis: Múltiplos olhares. São Paulo: Editora Unesp, 2009.
7. DORRICO, Julie; DANNER, Leno Francisco; CORREIA,
Heloisa Helena Siqueira; DANNER, Fernando (Orgs.).
Literatura
indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e
recepção
[recurso eletrônico]. Porto Alegre: Editora Fi, 2018. Cap.
2, 3, 7,
14, 15. Disponível em: https://www.editorafi.org/438indigena.
8. ELIAS, Vanda Maria; PAULIUKONIS, Aparecida Lino;
MARQUESI, Sueli Cristina. Linguística textual e ensino. São Paulo:
Contexto, 2017.
9. KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: teoria &
prática. 15.
ed. Campinas: Pontes, 2017.
10. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os
segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2015.
11. _____, Ingedore Grunfeld Villaça; ELIAS, Vanda Maria.
Ler e escrever estratégia de produção textual. São Paulo:
Contexto, 2017.
12. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita:
atividades de retextualização. 10. ed. São Paulo: Cortez,
2010.
13. MOISES, Massaud. A literatura portuguesa através de
texto. 37. ed. São Paulo: Cultrix, 2009.
14. NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na
escola? norma e uso na língua portuguesa. São Paulo:
Contexto, 2003.
15. ROJO, Roxane; BARBOSA, Jacqueline P. Hipermodernidade,
multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo:
Parábola, 2015.
16. ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Letramentos, mídias,
linguagens. São Paulo: Parábola, 2019.
17. ____, Roxane; MOURA, Eduardo (org.). Multiletramentos na
escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS
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Curricular (BNCC). Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017. p.
07-21, 57-191. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.
gov.br/.
2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível
em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf.
Paulista. São Paulo: SEDUC, 2019. p. 95-110, 123-127,
166-200.
Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wpcontent/uploads/sites/7/2019/09/curriculo-paulista-26-07.
pdf.
4. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo
Paulista/ Ensino Médio. São Paulo: SEDUC, 2020. p. 23-110,
196-
208, 249-256, 271-277. Disponível em:
https://efape.educacao.
sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/sites/7/2020/08/
CURR%C3%8DCULO%20PAULISTA%20etapa%20Ensino%20
M%C3%A9dio.pdf
fi


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