Segundo o colunista Jamil Chade, do UOL, o governo brasileiro vem agindo para comprovar que populações indígenas correram riscos reais de genocídio sob o mandato de Jair
247 - Há sinais crescentes de que as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Penal Internacional, relacionadas ao desmonte das políticas indigenistas e suspeitas de crimes contra as populações indígenas, serão aceitas. Três fontes distintas em Haia e no Brasil indicam que há um novo ritmo nos processos contra o ex-presidente e uma "forte tendência de admissibilidade dos casos", informa o colunista Jamil Chade do portal UOL.
Esses sinais aparecem em meio a um aumento na pressão internacional contra Bolsonaro, com o objetivo de fechar o cerco contra ele.
A partir de terça-feira, o Brasil receberá a visita de Alice Wairimu Nderitu, conselheira especial do secretário-geral da ONU para a Prevenção de Genocídio, que tem como mandato investigar riscos de genocídio entre a população. Nderitu focará sua agenda na situação dos povos indígenas e da comunidade afrobrasileira, e o governo Lula (PT) espera que seu relatório chancelará a ideia de que essas populações sofreram riscos reais de genocídio sob o governo Bolsonaro. Esse relatório poderia reforçar a pressão sobre o ex-presidente e alimentar as denúncias em Haia.
Além disso, entidades brasileiras apresentarão um novo relatório ao Tribunal Penal Internacional, detalhando a crise humanitária vivida pelo povo ianomâmi, novamente com foco em Bolsonaro.
As indicações em relação ao Tribunal Penal Internacional também são favoráveis, com interlocutores "cautelosamente otimistas" de que as denúncias serão aceitas. Isso não significa que Bolsonaro já esteja sendo julgado por eventuais crimes, mas que há uma avaliação sobre se a procuradoria da Corte tem mandato para assumir essas queixas contra o ex-chefe do Executivo brasileiro.
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