Ação da Polícia Federal incomoda o presidente da Câmara dos Deputados
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reclamou diretamente para o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, por divulgação de ação policial contra seus assessores. Lira considera que houve vazamento de informações, relata a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Primeiramente, o presidente da Câmara reclamou com os assessores parlamentares da PF, que atuam no Congresso, que o puseram em contato com Andrei Rodrigues.
A PF afirma que não divulgou nenhum dado a jornalistas, mas não tem controle da circulação das informações. O Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e os advogados dos envolvidos têm acesso a elas.
O escândalo tem causado desgaste ao presidente da Câmara.
Na quinta-feira da semana passada, a Polícia Federal (PF) realizou buscas no âmbito da Operação Hefesto e fez descobertas surpreendentes. Em um endereço em Brasília, os investigadores encontraram um cofre completamente lotado de dinheiro em espécie, tanto em notas de real quanto em dólar americano. A PF também apreendeu uma quantia em dinheiro escondida em malas de viagem.
Em abril do ano passado, o governo de Jair Bolsonaro destinou R$ 26 milhões de recursos do MEC para a compra de kits de robótica por pequenas cidades de Alagoas. As cidades que adquiriram os kits têm problemas básicos de infraestrutura, como faltas de salas de aula, de internet e até de água encanada. Além disso, cada kit foi adquirido pelas prefeituras por R$ 14 mil, valor muito superior ao praticado no mercado e ao de produtos de ponta de nível internacional.
As investigações chegaram a Luciano Cavalcante, assessor mais próximo de Lira e que trabalhava na liderança do PP na Câmara.
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