Em defesa dos Vereadores de oposição que votaram SIM ao
Projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo.
É bom lembrar que a população da maior cidade
da América Latina elegeu em seu último pleito eleitoral para Prefeito da
cidade: Bruno Covas (PSDB)/ Ricardo Nunes (MDB) com 1.754.013 votos e para
Vereadores Eduardo Suplicy (PT) - 167.552 votos - 3,28% Milton Leite (DEM) -
132.716 votos - 2,59% Delegado Palumbo (MDB) - 118.395 votos - 2,31% Felipe
Becari (PSD) - 98.717 votos - 1,93% Fernando Holiday (Patriota) - 67.715 votos
- 1,32% Erika Hilton (PSOL) - 50.508 votos - 0,99% Silvia da Bancada Feminista
(PSOL) - 46.267 votos - 0,90% Roberto Tripoli (PV) - 46.219 votos - 0,90%
Thammy Miranda (PL) - 43.321 votos - 0,85% André Santos (Republicanos) - 41.584
votos - 0,81% Rute Costa (PSDB) - 41.546 votos - 0,81% Eduardo Tuma (PSDB) -
40.270 votos - 0,79% Sansão Pereira (Republicanos) - 39.709 votos - 0,78% Luana
Alves (PSOL) - 37.550 votos - 0,73% Atilio Francisco (Republicanos) - 35.345
votos João Jorge (PSDB) - 34.323 votos - 0,67% Faria de Sá (PP) - 34.213 votos
- 0,67% Carlos Bezerra Jr. (PSDB) - 34.144 votos - 0,67% Rubinho Nunes
(Patriota) - 33.038 votos - 0,65% Eli Corrêa (DEM) - 32.482 votos - 0,63%
Donato (PT) - 31.920 votos - 0,62% Rodrigo Goulart (PSD) - 31.472 votos - 0,62%
Alessandro Guedes (PT) - 31.124 votos - 0,61% Janaína Lima (NOVO) - 30.931
votos - 0,60% Adilson Amadeu (DEM) - 30.549 votos - 0,60% Tripoli (PSDB) -
30.495 votos - 0,60% Jair Tatto (PT) - 29.918 votos - 0,58% Celso Giannazi
(PSOL) - 28.535 votos - 0,56% Dra Sandra Tadeu (DEM) - 28.464 votos - 0,56%
Juliana Cardoso (PT) - 28.402 votos - 0,56% Toninho Vespoli (PSOL) - 26.748
votos - 0,52% Marlon do Uber (Patriota) - 25.643 votos - 0,50% George Hato
(MDB) - 25.599 votos - 0,50% Aurélio Nomura (PSDB) - 25.316 votos - 0,49%
Senival Moura (PT) - 25.311 votos - 0,49% Alfredinho (PT) - 25.159 votos -
0,49% Arselino Tatto (PT) - 25.021 votos - 0,49% Fabio Riva (PSDB) - 24.739
votos - 0,48% Isac Félix (PL) - 23.929 votos - 0,47% Camilo Cristofaro (PSB) -
23.431 votos - 0,46% Ricardo Teixeira (DEM) - 23.280 votos - 0,46% Edir Sales
(PSD) - 23.106 votos - 0,45% Ely Teruel (PODE) - 23.084 votos - 0,45% Marcelo
Messias (MDB) - 23.006 votos - 0,45% Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) -
22.742 votos - 0,44% Gilberto Nascimento Jr (PSC) - 22.659 votos - 0,44% Eliseu
Gabriel (PSB) - 21.122 votos - 0,41% Dr Milton Ferreira (PODE) - 20.126 votos -
0,39% Sandra Santana (PSDB) - 19.591 votos - 0,38% Danilo do Posto de Saúde
(PODE) - 19.024 votos - 0,37% Cris Monteiro (NOVO) - 18.085 votos - 0,35%
Sonaira Fernandes (Republicanos) - 17.881 votos - 0,35% Paulo Frange (PTB) -
17.796 votos - 0,35% Missionário José Olímpio (DEM) - 17.098 votos - 0,33%
Rinaldi Digilio (PSL) - 13.673 votos - 0,27%.
Essa
ampla maioria da base de apoio ao governo, com 41 vereadores, converteu a Câmara
Municipal de São Paulo em uma espécie de “cartório autenticador” das propostas
e dos desmandos do Prefeito Ricardo Nunes, às custas do loteamento de toda a
administração pública entre seus aliados.
Com esse cenário a oposição com apenas 14
vereadores, ficou sem autonomia até para protocolar emendas que possam melhorar
os Projetos de Leis (PLs) do Executivo, conforme o regimento da Casa, precisam
de no mínimo de 19 assinaturas.
É importante pondera que para um partido como o
PT que já foi governo três vezes na cidade, a responsabilidade com a população
e com a cidade está acima do simples votar “NÃO” para toda e qualquer proposta
que é encaminhada pelo executivo, para apenas marcar “posição”. É preciso agir
de forma consequente e trabalhar na redução danos em defesa da população que
mais precisa.
Por conta disso o diálogo é o melhor caminho
para conseguir pequenas vitórias, alterando pontos que tornam menos pior o que
foi encaminhado, um exemplo disso foi a retirada de artigo do PL de revisão do
plano diretor que concedia isenção para alguns estádios de futebol, além da
retirada de pontos que prejudicavam a utilização do Fundurb (Fundo de
Desenvolvimento Urbano) destinados à construção de HIS (Habitação de Interesse
Social).
Estrategicamente é importante destacar que a
oposição não pode ser joguete nas mãos de outros agrupamentos de vereadores que,
espertamente, se utilizam da oposição sistemática do “NÃO pelo NÃO” para serem
fieis da balança e chantagear o governo para conseguir benefícios.
Por exemplo, como a oposição, via de regra
sempre vota contrário, eles se colocam como a salvação da aprovação, e sugam da
administração todas as benesses, que, na maioria das vezes, são pontos
contrários aos interesses da coletividade e só beneficiam um seguimento
específico.
Nesse sentido o exercício do diálogo e
constante negociação da oposição, interrompe a “chantagem” de determinados
blocos extremistas sobre o governo e a imposição direta de pautas de costumes e
reacionárias para a cidade.
Atuar como parlamentar de oposição na CMSP é
usar todos os meios lícitos disponíveis no parlamento para obter os benefícios
necessários àqueles que apesar de representados na câmara não têm seus
interesses defendidos e não se deixar cair em tentações da vaidade ou cliques
passageiros em redes sociais.
É hora de definir quem é o verdadeiro adversário
da população paulistana!
Os
coletivos de comunicação, movimentos sociais e Sindicatos do campo progressista
precisam fazer esse debate, qualificar e informar de forma precisa o que de
fato está em jogo na política municipal em São Paulo.
O debate precisa ser amplo, democrático e
incluir em suas agendas o debate sobre o atual governo municipal! O que a
sociedade paulistana avançou nos últimos anos? Quais os principais programas da
prefeitura? E em quais áreas? Que balanço podemos fazer?
Pois,
citar o orçamento da cidade desvinculada de políticas públicas para a população
é só artificio retórico, é preciso problematizar a cidade com foco na
população.
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