Mais de 100.000 pessoas se reuniram para um protesto no centro de Tel Aviv no 27º sábado consecutivo
(Sputnik) - Pessoas que protestam contra a polêmica reforma judicial em Israel bloquearam a principal rodovia em Tel Aviv, relata um correspondente da Sputnik.
Mais de 100.000 pessoas se reuniram para um protesto no centro de Tel Aviv no 27º sábado consecutivo. A maioria dos manifestantes se dispersou na noite de sábado (8), mas um grupo bloqueou a Rodovia Ayalon, gritando slogans antigovernamentais. As forças policiais foram puxadas para a Rodovia Ayalon, mas nenhuma medida foi tomada para dispersar os manifestantes ainda, de acordo com o correspondente.
No sábado passado, cerca de 130.000 pessoas protestaram contra a reforma judicial apenas em Tel Aviv, com um total de 300.000 protestando em Israel. No início desta semana, a polícia israelense usou canhões de água para dispersar os manifestantes que bloquearam a Rodovia Ayalon em Tel Aviv em resposta à remoção do chefe de polícia da cidade, Ami Eshed.
No final de março, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou a suspensão do processo legislativo sobre a reforma judicial para negociar e chegar a um acordo com seus oponentes. A decisão ocorreu no contexto de grandes protestos em todo o país contra a reforma. Apesar da suspensão, os manifestantes continuam a sair às ruas, temendo que a reforma prejudique a democracia em Israel e leve o país à beira de uma crise social e constitucional.
O projeto de lei destina-se a sacudir o Judiciário em Israel. Se adotada, poderia reduzir o poder da Suprema Corte de revisar e derrubar leis que considera inconstitucionais e dar ao governo mais voz na seleção de juízes. Netanyahu disse no final de junho que o governo israelense abandonaria a parte mais controversa da reforma judicial, destinada a permitir que o parlamento (Knesset) anule as decisões da Suprema Corte.
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