Diretor do BNDES cita saúde, defesa, infraestrutura, mobilidade, descarbonização, transformação digital e agroindústria
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247 – Em uma entrevista concedida no programa Bom Dia 247, no dia 7, José Luís Gordon, Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Comércio Exterior e Inovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), revelou detalhes sobre a nova política industrial em desenvolvimento. O diretor destacou seis grandes eixos que serão foco dessa iniciativa, abrangendo setores como saúde, defesa, infraestrutura, mobilidade, descarbonização, transformação digital e agroindústria.
Durante a entrevista, José Luís Gordon ressaltou a importância de uma reforma tributária que reduza o chamado "custo Brasil". Segundo ele, o setor industrial é um dos que mais pagam impostos no país, e a redução dessa carga tributária é essencial para impulsionar o setor e atrair investimentos.
O diretor do BNDES também destacou a queda nos desembolsos destinados à indústria nos últimos anos, afirmando que houve uma desindustrialização do banco. Entre 2000 e 2010, 45% dos desembolsos do BNDES eram destinados ao setor industrial, enquanto no último ano esse número caiu para 18%. Nesse sentido, Gordon ressaltou a importância da redução das taxas de juros como um elemento essencial para impulsionar o desenvolvimento industrial.
Sobre a nova política industrial, José Luís Gordon destacou seis grandes missões que estão sendo traçadas: o desenvolvimento do complexo industrial da saúde, o complexo industrial da defesa, o setor de infraestrutura e mobilidade sustentável, a descarbonização da economia, a transformação digital e a agroindústria sustentável.
Novas bases da indústria – O diretor enfatizou a importância de uma "neoindustrialização", ou seja, a construção de uma indústria baseada em novos fundamentos e tecnologias, diferente da indústria do passado. Nesse sentido, ele mencionou a Petrobras como um ator central nesse processo, buscando fortalecer toda a cadeia produtiva do setor de óleo e gás.
José Luis Gordon ressaltou que a transição para uma matriz mais verde é um objetivo, mas o país continuará utilizando o petróleo como fonte de energia. Ele destacou a necessidade de agregar mais valor ao setor agroindustrial, tornando-o mais sustentável.
O diretor do BNDES também mencionou a importância de debater com o Congresso Nacional para obter mais segurança e apoio às iniciativas propostas, especialmente no que diz respeito à recuperação do setor de engenharia brasileiro, que teve uma queda significativa na sua participação global. Assista:
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