O mutirão ocorrerá pelo menos em 14 estados entre os dias 25 e 27 de agosto
MST - Os comitês populares, sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda irão promover uma série de atividades contra as altas taxas de juros e pedirão o afastamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de sexta a domingo, por todo o país.
O Mutirão dos Comitês Populares pretende discutir com a população as altas taxas de juros deixadas pelo governo Bolsonaro, que mesmo após a redução de 0,5% na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, permanece como a mais alta entre todos os países do mundo.
Durante os três dias serão realizadas ações como panfletagem em locais públicos, colagem de lambes e interações nas redes sociais para debater os impactos da taxa de juros e mobilizar a sociedade.
De acordo com a Secretária Nacional de Mobilização do PT, Mariana Janeiro, a queda de 0,5% na taxa do Banco Central foi muito pequena para destravar a economia, e o título de maior taxa de juros é uma herança do governo Bolsonaro que precisa ser revertida pelo Banco Central. “A gente precisa lembrar que essa política econômica de Bolsonaro, Paulo Guedes e Campos Neto foi derrotada por Lula nas urnas, e a reconstrução do Brasil exige uma grande redução da taxa de juros. Por isso os Comitês em todo o país irão realizar esse mutirão no final de semana”, explicou.
Ainda segundo Mariana, os Comitês Populares de Luta têm sido uma importante ferramenta de mobilização da sociedade, e agora, com Lula de volta à presidência, será necessário unificar forças para dar sustentação ao presidente em pautas centrais na reconstrução do país. “Os avanços nas pautas que a gente precisa só serão possíveis com muita unidade de ação, principalmente nas bases. E ela [a unidade] será ampliada através do trabalho dos Comitês Populares em todo o Brasil, realizando grandes mobilizações e formações políticas junto aos movimentos sociais e ao conjunto dos partidos de esquerda”, afirmou.
CUT realiza congressos nacionais em todo o Brasil e discute impacto do juros
Durante os dias em que o mutirão ocorrerá, milhares de trabalhadores estarão reunidos em 9 estados nos congressos estaduais da Central Única dos Trabalhadores. Desde julho, os estados vêm realizando seus encontros rumo ao congresso nacional da entidade e realizando denúncias sobre as pautas que impactam negativamente a vida do trabalhador, como as altas taxas de juros.
Para Janeslei Albuquerque, Secretária Nacional de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, o congresso tem sido um espaço para discutir com a base. “É importante ressaltar que nos 27 estados onde a CUT está organizada, vem sendo tiradas moções e resoluções que indicam a intensificação da luta contra a violência de Campos Neto contra o Brasil e contra o povo brasileiro”, reiterou.
Até agora, 14 estados já anunciaram ações dentro do mutirão, que são abertas a quem quiser participar. Mais informações estão disponíveis através das redes sociais no @comitepopularoficial (Instagram) e @comitelula (Twitter).
Serviço
O que: Mutirão de luta contra o juros altos
Quando: 25 de julho até 27 de agosto
Onde: 14 estados confirmados (AL, AP, CE, ES, MG, MS, PA, PB, PE, RJ, RN, RR, SP e TO)
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