Categoria quer aumentar representação na diretoria da Fundação de Seguridade Social_
Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2023 –
Petroleiros de várias regiões do país fizeram manifestação nesta quarta-feira,
23, em frente ao Edifício Senado (Edisen), atual sede da diretoria da
Petrobrás, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, em defesa da Fundação
Petrobrás de Seguridade Social (Petros).
Convocado
pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação Nacional dos Petroleiros
(FNP) e outras entidades representantes dos petroleiros, o movimento teve por
objetivo pressionar a Petrobrás a pagar dívidas com o fundo de pensão, acabar com
os programas de equacionamento de déficit que penalizam os trabalhadores, e
aumentar a representação da categoria na diretoria da Fundação.
“O
foco central desse ato é pressionar a Petrobrás para que ela continue as
mudanças no conselho deliberativo da Petros. Ainda tem pessoas indicadas que
estão no conselho e não ajudam no processo de negociação com entidades
sindicais a respeito do déficit da Petros. É necessária essa mudança para que a
Petrobrás, que deve à Fundação em torno de R$ 20 bilhões, possa sanar esse
déficit a partir de um grande acordo que precisa ser feito, principalmente com
a FUP que tem uma ação judicial desde 2001”, destacou o coordenador-geral da
FUP, Deyvid Bacelar, durante a manifestação. Ele lembrou que é preciso “acordo
nos autos do processo para que possa acabar de forma definitiva com o
sangramento no bolso dos aposentados e pensionistas”.
“A
Petrobrás tem que pagar essa conta, que é dela. Os aposentados não suportam
mais. Está na hora de resolver. A categoria espera que a direção da Petrobrás
tome uma decisão política, econômica e financeira que liberte todos nós dessa
cobrança absurda e injusta”, reforçou Radiovaldo Costa, diretor do
Sindipetro-Bahia.
Este
foi o segundo ato nacional dos petroleiros, este ano, em defesa dos participantes
da Petros. A categoria defende mudanças
na gestão da Petros, e reivindica que a diretoria da Fundação seja 50% eleita
pelos trabalhadores, a fim de que tenham gestão sobre o que é feito no fundo de
pensão, que é o segundo maior do país. Atualmente, a gestão é formada apenas
por indicação.
A
Petros vem sofrendo com problemas de gestão a ponto de os assistidos -
aposentados e pensionistas - terem dificuldade para ter acesso à aposentadoria,
além de reduzir benefícios, provocando insegurança financeira, e prejudicar o
pagamento de aposentadorias por causa dos Programas de Equacionamento de
Déficit (PEDs).
Segundo
Tezeu Bezerra, coordenador- geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte
Fluminense (Sindipetro-NF), “o governo Bolsonaro foi cruel para o trabalhador.
Esse ato é um chute final que os petroleiros querem dar na gestão bolsonarista
que ainda insiste em permanecer na Petrobrás. Estamos aqui para dar um basta
nisso e lembrar que ainda tem bolsonarista tentando se eleger no Conselho da
Petros”.
Os
petroleiros estão em campanha para eleição dos conselhos Deliberativo e Fiscal
da Petros, que ocorrerá entre os dias 29 de setembro e 9 de outubro. O Conselho
Deliberativo, órgão máximo da Petros, é responsável pela aprovação da política
geral de administração da Fundação e de seus planos. A FUP e a FNP se uniram no pleito, em defesa
das aposentadorias, com a chapa “Unidos pelo Futuro da Petros”.
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