Alguns estudos demonstram que uma das grandes frustrações humanas é não fazer o que gosta. Isso faz com que nosso trabalho pareça um calvário! E, muitas vezes, assim levamos a vida nesse sofrimento. Nas redes sociais, há muitos relatos de pessoas testemunhando que suas maiores frustrações foram não terem feito o que gostavam. Essas pesquisas também revelam que uma maneira de sanar esse problema é investir em formação profissional de qualidade e que garanta retornos materiais e subjetivos aos cidadãos.
Depois dessa pequena introdução, cabe uma reflexão e questionamento acerca do município em que vivemos. É, desejo explanar um pouco da nossa terrinha “feliz” e do vinho!
Recentemente, alguns grandes empreendimentos chegaram em São Roque, trazendo desenvolvimento e arrecadação. Ficam as perguntas: “Desenvolvimento pra quem?”; “Melhor qualidade de vida pra quem?”, etc. Por exemplo: O nosso grande shopping da Rodovia Castello Branco emprega muita gente da cidade, porém em cargos que exigem pouco preparo do trabalhador, e consequentemente uma baixa remuneração. Alguém viu o nosso poder público local promover cursos para Gerente de varejo? Gerente industrial? Gerente de materiais? Ou mesmo promover encontro do estudante de uma faculdade/curso técnico local com as empresas da Terrinha? Teve algum acordo para contratar moradores de nossa cidade, pelo menos uma porcentagem, para os cargos mais altos? Outro exemplo: Houve incentivo para pessoas de nossa cidade estudarem para trabalhar em manutenção de aeronaves e outras profissões necessárias ao Aeroporto? Ou ainda, pelo menos a prefeitura se dispôs a ajudar no custeio para cidadãos estudarem em outro local e oferecer seu trabalho às empresas do Aeroporto?
O programa “Ciência sem fronteiras” caminha nesse sentido! Muitos irão dizer: Isso é um programa do Governo Federal, muito custoso, abrangente e não dá para fazer num município pequeno! Se pensarmos fora das caixinhas e de maneira progressista dá para fazer muita coisa. Imaginemos um setor dentro do Departamento de Desenvolvimento Econômico de São Roque que mapeia as oportunidades de trabalho com rendimentos financeiros médios e altos, suas exigências, a formação necessária para ocupar as vagas, etc. Imaginemos este mesmo setor fazendo uma “ponte” entre os estudantes de escolas locais e as empresas instaladas e que estão se instalando. Imaginemos que os profissionais deste setor sejam capazes de buscar oportunidades de formação profissional fora de nossa cidade para alguns dos nossos cidadãos que queiram esse desenvolvimento!
Nós progressistas chamamos essas ideias e ações de “gestão de trabalho e emprego”. Entendemos que o poder público local pode e deve ser um grande incentivador e gerador de profissionais qualificados. E isso não custa muito dinheiro. Precisa ter iniciativa, planejamento e disposição.
Não sei se seremos uma cidade de “gente feliz”, mas com certeza reduziremos a tristeza causada pelo subemprego com a adoção de uma política pública de gestão de trabalho e emprego.
Chumbinho
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