CARTA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO À POPULAÇÃO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO, COM ESCOLAS SAUDÁVEIS, INCLUSIVAS E SEGURAS

Nós, profissionais de educação da Prefeitura de São Paulo, desejamos aos pais, mães e estudantes um excelente ano.
Infelizmente, mais uma vez, o ano escolar teve início em 05 de fevereiro de modo bastan- te conturbado. Boa parte das escolas da rede municipal de ensino com falta de professores e de pessoal do Quadro de Apoio, com cortes no quadro de pessoal de limpeza vinculados aos contratos com empresas. Muitas unidades educacionais ficaram sem serviços básicos de manutenção, limpeza de caixas d'água, dedetização e desratização, que deveriam ter sido feitos durante as férias. Os contratos caros e ineficientes de terceirização de serviços conti- nuam mantidos e expandidos pela Prefeitura, em prejuízo aos serviços de qualidade, que devem ser garantidos à população.
Esta situação de precariedade no atendimento aos estudantes não se justifica e não pode continuar. O governo municipal dispõe de recursos financeiros que não podem e não devem ser usados para propaganda eleitoral, mas sim para melhorar a educação, o atendimento à saúde, aos transportes, à moradia e assistir aos milhares que se encontram desamparados, como os moradores em situação de rua. Devem ser usados na valorização dos profissionais de educação e de todos os servidores públicos e para garantir condições dignas de trabalho.
Infelizmente, as condições para atendermos bebês, crianças, jovens e adultos em nossas escolas pioraram muito nos últimos anos, levando muitos professores, gestores e pessoal de apoio à educação ao adoecimento.
Assim, o movimento que os profissionais de educação realizam por valorização remuneratória, manutenção dos direitos de carreiras, contra a política de transformação dos salários em subsídio, pelo fim do confisco previdenciário e por melhoria das condições de trabalho e funcionamento das escolas é, em essência, em defesa dos direitos da população usuária e da escola pública.

Defendemos escola pública mantida e sob gestão pública e acesso universal à educação de qualidade social para todos.
Nossas reivindicações visam melhorar cada escola, com condições de trabalho e salário digno.
Para cobrar e pressionar o governo a atender aos profissionais de educação - docentes, gestores e pessoal do Quadro de Apoio -, a categoria vai paralisar suas atividades no dia 13 de março, realizar manifestação às 14 horas em frente à Prefeitura e, em seguida, decidir em assembleia sobre a continuidade do movimento com greve, caso o governo não atenda às reivindicações.
Contamos com a colaboração e o apoio da população ao nosso movimento em favor da educação pública de qualidade para todos, em todos os níveis e modalidades de ensino.