17/03/2024

MOBILIZAÇÃO NAS ESCOLAS E NAS REGIÕES PARA ORGANIZAR A GREVE

 





Assembleia será dia 26 de abril com indicativo de greve

APEOESP realizará Caravana pela Educação e Serviços

Públicos de Qualidade - por emprego, salário, condições

de trabalho e dignidade - pelo fim do autoritarismo,

assédio moral, plataformas digitais que controlam e

esvaziam o trabalho dos professores

Queremos os reajustes do piso nacional no

salário base e 10,15% bloqueado no STF

Queremos salários, direitos e estabilidade da

categoria F para a categoria O

Pagamento imediato do ALE

Não ao corte de verbas da Educação

Fim das plataformas digitais que oprimem os

professores e prejudicam os estudantes

Não às escolas cívico-militares

Convocação e efetivação de todos os

aprovados no concurso

E todas as demais reivindicações.

ATENÇÃO: SEDUC confirmou pagamento em folha

suplementar dia 20 de março para os contratos

firmados entre 7 e 15 de fevereiro – contratados após

essa data recebem no quinto dia útil de abril.


A sexta-feira, 15 de março, foi dia de mobilização e importantes decisões para as lutas da nossa categoria.

Pela manhã, aconteceu o Conselho Estadual de Representantes.

No período da tarde, com participação de cerca de 5 mil professores, a assembleia estadual decidiu pela continuidade da preparação

da greve por emprego, salário, valorização, condições de trabalho e

dignidade, contra o autoritarismo e o assédio moral na rede estadual de ensino.

Calendário de lutas aprovado

O debate realizado na reunião do Conselho Estadual de Representantes e na assembleia, levou em conta o estágio das mobilizações

nas escolas e nas regiões, definindo um calendário de atividades que

culminará em nova assembleia estadual no dia 26 de abril, que poderá

decretar a greve.

Veja abaixo o calendário:

 19 de março - 18h - Audiência Pública sobre escolas cívico-

-militares - Alesp

 23 de março - 15h - Ato em defesa da democracia e punição de

todos os golpistas - Largo de São Francisco

 22 a 26 de abril - Semana Nacional de Defesa e Promoção da

Educação Pública

 26 de abril - 16 h - Assembleia com indicativo de greve – Praça

da República - precedida de caravana estadual, mobilizações

nas escolas, atos regionais

 27 e 28 de abril – XI Conferência Estadual de Mulheres da APEOESP - precedida de Conferências Regionais

 1º de maio – Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora

 22 de maio - Manifestação nacional pelos direitos da classe trabalhadora - Brasília

 23 de maio - Encontro Estadual dos Aposentados


Governo Tarcísio/Feder é autoritário e inimigo

da Educação e dos serviços públicos

Neste ano fomos vítimas do pior processo de atribuição de aulas que

ocorreu. Um ataque frontal aos direitos mais elementares da nossa categoria:

direito ao emprego, salário e condições de trabalho. Hoje temos em torno

de 30 mil professores sem aulas e milhares de estudantes sem professores.

Esse governo autoritário multiplica plataformas digitais para fiscalizar, pressionar, assediar e tirar do professor e também dos estudantes

a liberdade de ensinar e aprender. Tira-se a autoridade do professor

em sala de aula, esvazia-se sua função docente, tornando-o um monitor

que apenas transmite conteúdos pré-definidos em materiais digitais

impostos pela SEDUC.

O assédio contra a categoria se aprofunda com a publicação de um

comunicado da SEDUC sob o eufemismo do suposto "apoio presencial"

nas salas de aula. É mais controle e repressão contra os professores.

É o mesmo governo que quer cortar R$ 10 bilhões da Educação (PEC

9/2023), quer transformar escolas da periferia em escolas cívico-militares, que utiliza a PM para ameaçar, torturar e assassinar a juventude

negra e periférica e realizar chacinas como as que ocorrem na Operação

Escudo na Baixada Santista.

Mobilização total rumo à greve

Vamos construir coletivamente um movimento muito forte em todo o

estado, que deságue na decretação da greve que seja fruto da vontade

e da decisão da categoria a partir da base.

A APEOESP, por meio de todas as suas subsedes, realizará uma Caravana por Educação e Serviços Públicos de Qualidade - por emprego,

salário, condições de trabalho e dignidade - fim do autoritarismo, assédio moral e plataformas digitais que esvaziam o trabalho dos professores. A caravana percorrerá todas as regiões do estado, dialogando

com os professores e professoras, funcionários, estudantes, pais e toda

a população.


Nos próximos dias será encaminhado o calendário e itinerários da

caravana, para que as macrorregiões e respectivas subsedes possam

organizar-se.

A passagem da caravana nas regiões, utilizando diversos veículos,

ensejará manifestações, panfletagens, aulas públicas (que também

devem ser realizadas durante todo o período). A perspectiva é que obtenhamos a atenção de toda a sociedade e ampla cobertura dos meios

de comunicação locais. Essas atividades também devem ser articuladas

com as demais entidades da Educação, do funcionalismo, estudantes,

movimentos sociais e todas as demais entidades que lutam por Educação e serviços públicos de qualidade.

Intensificar visitas às escolas

Cada subsede deve realizar um plano de intensificação de visitas às

escolas, eleição de representantes e programação de atividades regionais. É importante que os calendários sejam comunicados à Secretaria

Geral da Sede Central, bem como que imagens das mobilizações sejam

encaminhadas à Secretaria de Comunicações para publicação no espaço

reservado no portal da entidade na Internet.

Sobretudo, queremos impactar a nossa categoria, ganhar corações e

mentes de cada professora e de cada professor para a nossa campanha

salarial e educacional, para que realizemos uma greve forte e ampla, capaz

de forçar esse governo autoritário a negociar e atender as reivindicações.

A APEOESP enviará brevemente uma cartilha para subsidiar o diálogo com a nossa categoria, cartazes, cards, panfletos e todos os demais

materiais necessários para esta grande mobilização.

VEJA A SEGUIR A PAUTA COMPLETA DA NOSSA CAMPANHA

Nossa pauta é extensa, pois os problemas e necessidades da nossa

categoria vêm se acumulando diante do descaso e dos ataques do Governo do Estado:

 Pelo pagamento integral do piso salarial nacional com reajuste no

salário base e não como abono complementar


 Pelo pagamento do reajuste de 10,15% bloqueado no STF

 Pela isonomia salarial – trabalho igual, salário igual

 Intensificar a coleta de 300 mil assinaturas na PEC de iniciativa popular contra o corte de verbas da Educação

 Aprovar moções nas Câmaras Municipais contra o corte de verbas.

Utilizar as tribunas

 Manifestações em todos os locais onde se encontrem Tarcísio e/ou Feder

 Intensificar a luta pela revogação da reforma do ensino médio (MP

746/2016). Impedir a aprovação do substitutivo do deputado Mendonça Filho, um dos autores da MP 746/2016, quando ministro da

Educação de Michel Temer

 Trabalhar junto à CNTE pela realização de mobilização quando o

projeto entrar em pauta

 Em São Paulo, exigir a volta da carga horária de Artes, Filosofia e

Sociologia

 Pela revogação integral da LC 1374/2022 – por carreira aberta, justa

e transparente

 Não às escolas cívico-militares – pela rejeição do PLC 9/2024 na Alesp

 Convocação de todos os aprovados no atual concurso

 Pela realização de concurso público para PEB I

 Pela retirada da videoaula como critério de avaliação do concurso

 Por atribuição de aulas presencial, justa e transparente

 Pagamento de rescisão contratual aos professores da categoria O

demitidos

 Pagamento imediato do bônus para todos os professores, não apenas categoria O

 Publicar cartilha com análise do governo Tarcísio/Feder, seus ataques, estudos salariais e pauta de reivindicações

 Pelo fim das plataformas digitais impostas para controlar e esvaziar

o trabalho dos professores

 Não ao projeto da SEDUC de digitalização integral do processo educativo com base em slides/apostilas digitais. Por um amplo e democrático debate curricular na rede estadual de ensino


 Ativação dos contratos para que os professores da categoria O sem

aulas possam ser eventuais

 Pagamento de férias e regularização das contribuições previdenciárias ao INSS

 Correção de todos os erros de classificação dos professores PEB I no

processo de atribuição de aulas

 Recondução dos professores nas escolas PEI

 Permissão para o retorno ao PEI de quem pediu a cessação

 Contratação justa para professores temporários. De imediato, extensão das condições de estabilidade dos professores da Categoria

F aos professores da Categoria O durante seus contratos, até que

possam se efetivar por meio de concurso público

 Não ao fechamento de classes – pela abertura de classes no diurno

e no noturno

 Cobrar da SEDUC que implemente o compromisso de limitar o número de estudantes por classe em 25 no ensino fundamental I e 30

no ensino fundamental II e ensino médio – rumo ao máximo de 25

estudantes em todos os níveis

 Não à municipalização das escolas na Capital

 Pela reinstituição das faltas abonadas

 Continuar a luta pela devolução dos valores descontados no confisco

dos aposentados. Pela aprovação do PLC 136/2023

 Pela garantia de licença-saúde sem extinção contratual

 Em defesa do IAMSPE, com qualidade, descentralização, Conselho

paritário deliberativo e destinação de verbas do Estado na mesma

proporção da contribuição dos servidores

 Direito ao IAMSPE para professores da categoria O

 Não à avaliação de desempenho de diretores e vice-diretores

nos termos da LC 1396/2023 e Resolução SEDUC – 4/2024. Não à

demissão ou transferência de diretores e vices em função desta

avaliação. Realizar movimento juntamente com demais entidades

da Educação

 Manter nas escolas campanha pelo fim do assédio moral utilizando


a cartilha da APEOESP. Incentivar denúncias, inclusive utilizando o

portal da APEOESP na Internet

 Não à privatização - lutar contra a parceria público-privada para

construção de escolas com concessão de serviços à iniciativa privada

 Não à privatização da Fundação Casa

 Ampliação do programa de mediação escolar para prevenção à violência nas escolas

 Fim da expansão do PEI e amplo debate na rede estadual sobre

Educação Integral

 Em defesa do ensino técnico-profissionalizante. Em defesa das ETECs

e FATECs

 Pela garantia de permanência dos professores auxiliares e por uma

Educação especial inclusiva, que garanta pleno atendimento às necessidades educacionais das pessoas com deficiência

 Pelo direito dos professores à alimentação nas escolas

 Reajuste no vale-alimentação e no vale-transporte

 Revogação da LC 173/2021 – pelo descongelamento do tempo de

serviço de 2020-2021

 Continuar participando da campanha nacional pela redução da taxa

de juros

 Aumentar a taxa de isenção do IR para R$ 5.000,00

 Continuar participando da luta em defesa do meio ambiente, dos

direitos das mulheres, dos negros, da população LGBTQIA+, quilombolas, juventude e todos os segmentos oprimidos

 Pela revogação da reforma trabalhista e demais ataques aos direitos

da classe trabalhadora

 Contra a PEC 32 – reforma administrativa

 Pela aprovação do projeto que regulamenta e assegura direitos aos

motoristas de aplicativos

 Pela aprovação do projeto que garante a livre organização sindical

 Continuar participando da campanha de solidariedade ao povo palestino.

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